Na tentativa de acelerar a vacinação contra o coronavírus na população capixaba, o governo do Espírito Santo mantém negociações com seis laboratórios e empresas que produzem imunizantes.
Até o momento, 113 mil doses foram distribuídas no Estado, com lotes da Coronavac - produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac - e da inglesa Oxford/AstraZeneca.
Todas foram compradas pelo governo federal e distribuídas de acordo com o Plano Nacional de Imunização, criado pelo Ministério da Saúde.
No entanto, para acelerar o plano de vacinação, o Estado negocia com seis laboratórios: Pfizer, Janssen, Sinopharm, Sinovac, Reithera e Bharat Biotech. O Governo do Espírito Santo possui uma verba de R$ 200 milhões reservados para a compra de vacinas.
No entanto, apesar do diálogo com as empresas, há empecilhos que emperram a efetivação da compra. As vacinas da italiana Reithera e do laboratório indiano Bharat Biotech, por exemplo, ainda estão na fase três de testes. O secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, acrescenta que haveria doses das duas farmacêuticas para os meses de maio e junho, e que o Estado tem interesse na compra e inclusive já formalizou contrato de confidencialidade, mas depende que os imunizantes sejam aprovados nesta etapa de avaliação, que é a última antes de os produtos poderem ser comercializados.
"Além disso, a Bharat Biotech já deixou claro que tem preferência de negociar primeiro com o governo federal do que com os Estados. E é a mesma situação da Pfizer e da Janssen. Somente depois de uma resposta definitiva do governo federal que não vai comprar é que os Estados poderão comprar deles", explica o secretário.
E até o momento, o governo federal não deu retorno para as empresas sobre a compra ou não dos imunizantes. Um exemplo é a Pfizer, que está em negociação desde dezembro com o governo federal e chegou a oferecer dois milhões de doses. Nesse contexto, observa Nésio Fernandes, o Estado permanece na fila de espera para poder fazer a compra diretamente da indústria farmacêutica.
Já em relação às farmacêuticas chinesas Sinovac e Sinopharm, o secretário disse que a embaixada chinesa está intermediando possíveis compras diretamente com o governo chinês. No entanto, não há estoque de vacinas prontas que possam ser vendidas no momento.
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