O comportamento da pandemia do coronavírus no Espírito Santo segue um ritmo de redução lento, gradual e contínuo. A análise foi feita por membros do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE). Com 126.606 casos confirmados e 3.452 óbitos nesta quarta-feira (23), o Estado registra média móvel de mortes óbitos calculados em um determinado período de 8,86.
Na avaliação do professor do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e membro do NIEE, Etereldes Gonçalves, se a doença mantiver as características do momento, o Estado pode registrar média móvel abaixo de 1, quando o número de mortes provocadas pelo vírus nos últimos 14 dias for menor que 14.
Dados extraídos no Painel Covid-19 na última segunda-feira (21) indicam que a taxa de transmissão da Covid-19 no Estado é de 0.7, quando 100 pessoas transmitem o vírus para outras 70. Na Grande Vitória é 0.86. Neste cenário, 100 pessoas infectam outras 86. No interior a taxa é de 0.61, quando 100 passam a Covid para 61.
O diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, também compõe o Núcleo Interinstitucional. Segundo ele, o Espírito Santo apresenta uma queda na taxa de transmissão há cerca de oito semanas.
Segundo Pablo, o mês de julho representou o período que foi constatada a redução dos óbitos provocados pela Covid-19. A queda foi mantida em agosto e consolidada no mês seguinte. Ele lembra que, enquanto a média móvel de óbitos alcançou a marca de 37 em julho, no último fim de semana foi de 10.
Atualmente, a média móvel é 8,86. O Estado contabiliza 92% dos pacientes curados dos sintomas provocados pelo coronavírus. Com 126.606 diagnósticos positivos, 116.537 ficaram livres da doença e receberam alta. Até esta quarta-feira, a taxa de letalidade da Covid-19 é de 2,7%.
Seguindo a tendência de casos confirmados, a tendência de casos ativos e a tendência de óbitos, a gente já identificou que há condição de chegar em outubro ou novembro, se não tiver nenhum fator atípico, com a média móvel abaixo de 5, bem próximo de 1, analisa Lira.
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