O Espírito Santo quer que a quarta dose da vacina contra o coronavírus seja disponibilizada para todos os adultos ainda neste ano. No entanto, a ampliação da faixa etária abrangida pelo segundo reforço e a disponibilização dos imunizantes necessários dependem de decisões do Ministério da Saúde.
Conforme nota técnica publicada nesta segunda-feira (6) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), atualmente, apenas profissionais da saúde e pessoas com 50 anos ou mais podem receber a quarta dose. A aplicação deve acontecer, preferencialmente, com as vacinas Jassen ou Astrazeneca, quatro meses após a vacinação com a terceira dose.
Durante coletiva realizada na tarde desta segunda-feira, o secretário Nésio Fernandes afirmou que a posição de ampliar o público-alvo da quarta dose para pessoas entre 18 e 49 anos também é defendida pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do qual é presidente, e deve ser debatida junto ao Governo Federal nas próximas semanas.
"Não consideramos aceitável que vacinas seguras e eficazes sejam disponibilizadas apenas na rede privada. Se o acesso for restrito para o restante do público adulto, a vacinação não terá impacto em termos de saúde pública, para a qual é necessária a cobertura de 90% da população", afirmou.
Independentemente das medidas relativas à quarta dose, a Sesa adiantou que está trabalhando para diminuir o número de capixabas que estão com a vacinação atrasada. No total, são praticamente 1,5 milhão de pessoas que estão com a segunda ou terceira dose em atraso no Estado.
"Estamos com a meta de alcançar 90% de cobertura vacinal de toda a população apta até o final de agosto. Pretendemos incrementar campanhas de vacinação nas redes sociais e fazer mutirão em municípios, de forma que eles ocorram a cada 15 dias", disse o secretário Nésio Fernandes.
Segundo ele, a medida é importante para evitar que o número de internações e mortes volte a crescer no Espírito Santo — que, conforme dados da secretaria, já se encontra na quinta fase de expansão da pandemia, com um crescimento de casos confirmados ao longo das últimas seis semanas.
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