O governo do Espírito Santo reduziu para cinco meses o intervalo de tempo de aplicação da dose de reforço contra a Covid-19 em idosos a partir de 60 anos. A medida vale tanto para quem tomou duas doses da vacina quanto quem tomou a dose única, da fabricante Janssen. Até então, a dose de reforço era destinada para a população acima de 70 anos, com intervalo de seis meses após a última aplicação.
A decisão foi publicada por meio de resolução da Secretaria do Estado de Saúde (Sesa) nesta segunda-feira (13). O anúncio também foi feito pelo governador Renato Casagrande (PSB) nas redes sociais.
De acordo com a resolução, a mudança considera a “elevada vulnerabilidade da população idosa”, que apresenta as “maiores taxas de incidência e letalidade” da Covid-19 mesmo após a vacinação. Segundo o texto, a dose de reforço é uma forma de amplificar a resposta imune dessa faixa etária.
“Os idosos apresentaram menor proteção pelo esquema padrão da vacinação aos mais diversos tipos de imunizantes e com a dose de reforço há a possibilidade de amplificar a resposta imune com doses adicionais de vacinas Covid-19”, diz um trecho do texto, que é assinado pelo secretário de Saúde em exercício, José Maria Justo.
O documento ainda indica que a vacina a ser utilizada na dose de reforço deve ser, preferencialmente, a da fabricante Pfizer. Como alternativa, podem ser usadas as vacinas da Janssen ou Astrazeneca.
A diferença entre os imunizantes é a forma como eles são produzidos. A Pfizer utiliza uma tecnologia de replicação de sequências de RNA, o que deixa o processo mais barato e mais rápido. Já a Janssen e a Astrazeneca são vacinas de vetor viral, que usam uma versão enfraquecida do vírus (mas que não causa a Covid-19) para produzir proteínas do coronavírus.
Todas as vacinas são aprovadas pela Anvisa e têm eficácia comprovada.
Em uma outra resolução, a Sesa também aprovou o início da vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos. Nessa faixa etária, a imunização segue a seguinte ordem de prioridade:
A vacina utilizada deve ser exclusivamente a Pfizer. Os adolescentes de 12 a 14 anos sem comorbidades vão ser vacinados após a conclusão desses grupos prioritários.
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