O Espírito Santo já possui transmissão comunitária da variante do novo coronavírus denominada P1, que foi detectada inicialmente em Manaus (AM), no começo deste ano. Isso significa que, atualmente, não é mais possível rastrear os casos de Covid-19 causados por essa cepa em território capixaba.
O nível mais avançado de contágio foi constatado em estudos feitos pelo próprio Laboratório Central do Estado (Lacen-ES) e pela rede privada de saúde, conforme anunciado durante a coletiva de imprensa on-line da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), realizada na tarde desta segunda-feira (10).
Recentemente, o secretário Nésio Fernandes afirmou que, nos Estados em que a transmissão da P1 era predominante, havia uma proporção de jovens hospitalizados maior que a verificada no Espírito Santo – apesar do aumento já confirmado dessa parcela da população no total de internações.
Soma-se a isso, a vacinação dos idosos contra a Covid-19. A expectativa é que a cobertura total deste público prioritário seja alcançada em junho no Estado. Juntos, esses dois fatores, formaram um alerta direcionado especialmente a jovens e adultos. Ou seja, para quem tem entre 20 e 59 anos de idade.
Segundo o secretário, uma quarta onda da pandemia pode acontecer até o início do inverno, ainda em um contexto de sazonalidade das doenças respiratórias. No entanto, essa nova fase deve ser acompanhada da redução na internação e na mortalidade da população idosa, devido à imunização vacinal.
"Podemos ter um cenário crítico como aqueles vividos em outros Estados do país. Nesses territórios, há um predomínio da população com mais de 30 anos e um aumento da infecção de forma mais intensa na população de 20 a 30 anos", alertou. "Evitar uma nova onda até junho depende da população e da atenção primária", concluiu Nésio.
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