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Covid-19: ES tem queda de casos, mas subvariante pode provocar novo pico

Covid-19: ES tem queda de casos, mas subvariante pode provocar novo pico

Estado tem apresentado "queda sustentada" nos indicadores relacionados a pandemia, mas autoridades sanitárias temem nova onda provocada pela subvariante BA.2, da Ômicron, que pode acontecer nos próximos 90 dias

Publicado em 21 de fevereiro de 2022 às 17:16

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Teste de covíd - RT-PCR - antígeno
Teste de Covid: número de casos em queda no ES. (Shutterstock)

Depois de passar pelo maior pico de casos registrados em toda a pandemia, causado pela variante Ômicron, o Espírito Santo passa atualmente por uma "queda sustentada" no número de infectados, o que também se reflete na redução do número de mortes e de internações de pacientes com Covid-19.

Em entrevista nesta segunda-feira (21), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, ressaltou, no entanto, que já há uma  preocupação das autoridades sanitárias de uma nova onda provocada pela subvariante da Ômicron, chamada de BA.2, que já foi confirmada no Brasil. Diante disso, segundo ele, um novo pico pode acontecer nos próximos 90 dias, sobretudo entre março e abril.

Covid-19 - ES tem queda de casos, mas subvariante pode provocar novo pico

Durante a entrevista, o secretário salientou a importância da vacinação contra a Covid. Os imunizantes - que não impedem a infecção, mas reduzem chance de casos graves -, foram essenciais, na opinião de Nésio, para impedir que os números causados pela Ômicron fossem ainda maiores. O secretárioafirmou que o Estado poderia ter indicadores de óbitos superiores aos registrados em janeiro e fevereiro.

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Os dados representam uma queda sustentada do número de casos, internações e de óbitos pela Covid no Espírito Santo. Temos essa tríade característica de uma nova fase de recuperação que se consolida na pandemia no nosso Estado

Nésio Fernandes
Secretário de Estado da Saúde
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O secretário apontou que as avaliações consideram os dados computados por semana epidemiológica. Disse ainda que após o Estado viver o maior pico de casos na segunda quinzena de janeiro, já havia previsão de queda nos números no fim de fevereiro.

Além de casos e mortes, outros dados evidenciam o declínio da quarta onda da Covid no Estado, como a queda na ocupação de leitos, o menor número de pacientes internados com Covid e a menor positividade dos testes realizados, que é a porcentagem dos exames feitos que dão positivo.

A QUEDA EM NÚMEROS:

Ocupação de leitos:

Pacientes internados com Covid:

Mortes por Covid:

Testes positivos:

O subsecretário de Estado em Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, destacou que aproximadamente metade da população capixaba teve contato com ao menos um infectado, sintomático ou assintomático, nos dois primeiros meses do ano. O contato, porém, não repercutiu entre os óbitos.

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Se mantivéssemos a mesma letalidade que tínhamos antes da vacina, quando mais de 2% dos infectados morriam, nós teríamos milhares de óbitos só em janeiro e fevereiro. A vacina protegeu a população capixaba. O contato [de metade dos capixabas] com o vírus não repetiu um patamar de óbitos visto anteriormente em outras ondas

Luiz Carlos Reblin
Subsecretário de Estado em Vigilância em Saúde
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Nésio afirmou ainda que a Ômicron representou a maior curva de casos em toda a história da pandemia. Com o maior pico de casos na segunda quinzena de janeiro, a expectativa é que os números continuem diminuindo.

SUBVARIANTE DA ÔMICRON É PREOCUPAÇÃO, SEGUNDO SECRETÁRIO

O cenário positivo na comparação com semanas anteriores não isenta, no entanto, os capixabas de cuidados com o coronavírus. Para o secretário, a subvariante da Ômicron chama atenção e preocupa autoridades sanitárias.

"O surgimento de uma subvariante da Ômicron chama atenção e preocupa autoridades sanitárias. Ela pode apresentar novas características no que diz respeito à transmissibilidade e também infecção de vias aéreas inferiores, o que pode representar um impacto no número de internações e de óbitos", afirma.

Um estudo feito por pesquisadores japoneses das universidades de Tòquio, Kumamoto, Hokkaido e Kyoto demonstrou que a subvariante BA.2 da Ômicron é mais agressiva que a cepa original.

A pesquisa também aponta que o subtipo parece infectar também as células dos pulmões, o que aumenta o risco de morte. O trabalho ainda não foi revisado por pares.

NÚMERO DE CIDADES EM RISCO MODERADO DEVE CAIR EM ATÉ 15 DIAS

A "queda sustentada" apresentada pelo secretário Nésio Fernandes nesta segunda deve mudar nas próximas semanas as cores do Mapa de Risco da Covid, ferramenta atualizada semanalmente para mostrar a situação da pandemia em cada cidade do Espírito Santo.

"Nós temos indicadores que são cruzados para o reconhecimento de risco. Por termos tido um número alto de óbitos nas últimas semanas, o impacto do indicador continua afetando a classificação dos municípios. Isso deve fazer com que a partir dos próximos 15 dias, teremos uma redução no risco moderado", apontou.

A redução de cidades em risco moderado significaria mais municípios no risco baixo, da cor verde. A alteração indica que o Estado vive uma situação mais controlada da pandemia, com menor risco de contaminação e menos pessoas internadas com a doença. Atualmente o Estado tem 30 cidades na cor amarela e outras 48 cidades em verde. Não há municípios classificados em risco alto ou risco extremo.

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