O comprovante de vacinação contra a Covid-19 será cobrado no momento da matrícula escolar de adolescentes no Espírito Santo para o ano letivo de 2022. A informação foi divulgada pelo secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, durante visita a uma escola de Cachoeiro de Itapemirim, na Região Sul do Estado, nesta segunda-feira (27).
Em entrevista ao repórter Vinícius Rangel, da TV Gazeta Sul, ele esclareceu que a obrigatoriedade da imunização contra o novo coronavírus não é uma medida extraordinária, visto que a apresentação do cartão de vacinação já é exigida para comprovar a proteção em relação a outras doenças.
No Espírito Santo, a Lei nº 10.913, de 2018, tornou obrigatória a apresentação do cartão de vacinação em dia no ato da matrícula. Ou seja, crianças e adolescentes com até 18 anos têm que estar imunizados para ter acesso à escola, pública ou particular. Caso a caderneta não esteja atualizada, a família tem um prazo de até 30 dias para regularizar a situação.
O prazo para que a exigência seja válida também para a Covid-19 vai ao encontro de uma previsão feita recentemente pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes. Na última semana, ele estimou que todos os adultos e adolescentes já devem ter tomado as duas doses de vacinas contra o novo coronavírus até o Natal deste ano.
Durante a visita à Escola de Ensino Fundamental e Médio Professor Claudionor Ribeiro, Vitor de Angelo mencionou conversas com o colega. “O secretário Nésio fez menção a isso há poucos dias. Não tivemos uma conversa sobre os detalhes, mas o que adiantou é óbvio. Nós cobramos a carteira de vacinação todos os anos para a matrícula. Como a vacinação da Covid-19 está no rol das vacinas que a faixa etária está recebendo é natural que seja cobrada também”, disse.
Desde o final de abril, o Espírito Santo vive uma fase de recuperação da terceira onda da pandemia. No entanto, desde meados de agosto a queda em indicadores da pandemia foi interrompida. É o caso das internações que já aumentaram no Estado o número de mortes que voltou a crescer na Grande Vitória.
Para tentar combater a Covid-19, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) aposta na vacinação de adolescentes, que teve início na última quinta-feira (23), em um ato simbólico em um centro educacional de Vila Velha. Quando o Ministério da Saúde voltou atrás na imunização do público entre 12 e 17 anos, o Governo do Estado chegou a dizer que entraria na Justiça, caso a posição não fosse revista.
Na última coletiva de imprensa, o secretário Nésio Fernandes também anunciou que trabalha com a expectativa de vacinar as crianças contra a Covid-19 até o final deste ano. No entanto, a vacinação nessa faixa etária ainda depende de um aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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