Diante da quarta onda da pandemia e de uma explosão de casos da Covid-19, o Espírito Santo voltou a ter, nesta semana, exatamente 300 pacientes internados em leitos públicos de UTI devido à doença – o que não acontecia desde o início de agosto do ano passado. O número consta, nesta quinta-feira (20), no Painel Ocupação de Leitos Hospitalares, atualizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Após cerca de cinco meses, o patamar foi novamente alcançado na última segunda-feira (17), depois de uma crescente na internação, que começou a ser observada em dezembro, pouco antes das festas de Natal e Ano Novo e da confirmação da transmissão comunitária da variante Ômicron no Estado.
Na última sexta-feira (14), o governador Renato Casagrande já havia alertado que o número de internados com casos confirmados do coronavírus na rede estadual estava crescendo e chegou a dobrar no período de apenas um mês, apesar de ainda não configurar o que chamou de uma "situação de alarde".
Considerando tanto os leitos de UTI quanto os de enfermaria, o Espírito Santo tem 488 internados nesta quinta-feira (20), chegando ao 10º dia seguido acima de 450. Até então, a última vez em que este nível tinha sido alcançado era em outubro do ano passado. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde.
Segundo especialistas e o próprio secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, a previsão é que os casos sigam aumentando nas próximas semanas. Diferentemente do que ocorreu nas ondas anteriores, a expectativa é que, devido à cobertura vacinal, o número de mortes não apresente um crescimento igualmente acelerado.
Ainda assim, para conter a nova fase de expansão da pandemia, o governo do Estado anunciou a adoção de algumas medidas. Entre elas:
Além disso, o governador Renato Casagrande reforçou, em seu último pronunciamento, a importância da vacinação contra a Covid-19 para manter os óbitos em queda e evitar maior pressão no sistema de saúde. "Quem relaxou, por favor, se vacine. Seja com a primeira, segunda ou terceira dose", pediu.
Em nota, a Sesa explicou que existe a possibilidade de suspender parcialmente as cirurgias eletivas e que possui um "plano de contingência" que prevê o aumento de até 300 leitos de enfermaria, para Covid-19 e Influenza, até o início de fevereiro, para garantir o acesso da população à internação hospitalar.
A pasta também reforçou que a ocupação de 78,13% nos leitos de UTI diz respeito à disponibilidade atual de vagas na rede pública e ressaltou que a capacidade máxima de expansão é de 1.098 leitos intensivos – o que faz com que a taxa de ocupação baixe para 27,32%.
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