Em pronunciamento na noite desta sexta-feira (11), o governador Renato Casagrande (PSB) apresentou o novo mapa da Covid-19 no Espírito Santo. Em uma semana, mais cinco municípios passaram para o risco alto de transmissão e, se juntando a Mantenópolis, que já estava nesse patamar, indicam acelerada disseminação do coronavírus. Para ele, há um descontrole e a doença está galopante no interior do Estado.
Com vigência de segunda (14) a domingo (20), o novo mapa tem, além de Mantenópolis, Ecoporanga, Marilândia, Ibiraçu, Domingos Martins e Anchieta. "São seis municípios que estão em risco alto. Isso mostra como a doença está galopante no interior. Está também na Grande Vitória, mas o processo é crescente no interior do Espírito Santo. É preciso entender que, quando chega ao risco alto, reduz a liberdade; é preciso compreender que as medidas caminham na direção do aumento das restrições de atividades econômicas e sociais", ressaltou Casagrande, acrescentando que a portaria com as novas medidas de restrição será publicada neste sábado (12).
O mapa de risco da próxima semana também indica aumento no número de municípios em risco moderado de transmissão da Covid-19, que se apresentam em nível de ameaça mais baixo nesta semana, mas pioraram os indicadores e passarão a ter mais limitações nas atividades. Todos do interior.
"Nós estamos acompanhando o crescimento da pandemia no Brasil todo e aqui no Espírito Santo. Só para se ter uma ideia, a média móvel de óbito dos últimos 14 dias chegou praticamente a 20. Há um mês e meio, estávamos com a média móvel em torno de oito, nove. Agora, chegamos a 20 por dia. A taxa de transmissão do Espírito Santo, consolidada, está em 1,43. A taxa do interior do Estado, em 1,71 e, a da Grande Vitória, em 1,03. A taxa de transmissão do interior está muito superior à da Grande Vitória. Precisamos chamar atenção: a pandemia do interior está mais descontrolada do que na Grande Vitória", compara o governador.
A taxa aumentou no Estado como um todo, saindo de 1,2 para 1,43, e os maiores indicadores estão no interior, em regiões como o Caparaó, com indicador de 2,28. Mas o pior cenário é o do Litoral Sul, que alcançou 2,70, ou seja, dez pessoas infectadas podem contaminar outras 27, por exemplo. É lá que está situado o município de Anchieta, que passará ao risco alto na próxima segunda, e Piúma, que saiu do baixo para o nível moderado.
Na Região Metropolitana, embora o indicador seja mais favorável que no interior, a taxa também aumentou, passando de 0,87 para 1,03. O ideal é que a taxa fique abaixo de 1, o que sinaliza redução do nível de transmissão.
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