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Covid-19: governador vai anunciar novos leitos para o interior do ES

Covid-19: governador vai anunciar novos leitos para o interior do ES

"Há uma pressão muito grande por leitos no interior", observou o secretário estadual de saúde, Nésio Fernandes

Publicado em 16 de junho de 2020 às 18:52

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Novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com respirador no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.
Novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com respirador no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra. . (Reprodução/TV)

Os dados do último inquérito sorológico mostraram um avanço do coronavírus no interior do Espírito Santo.  O número de pessoas que foram contaminadas passou de 6 mil para 51 mil entre a primeira e a terceira fase do estudo de extensão, divulgado no último sábado (13). Outro fator preocupante é a taxa de transmissão de 2.1 no interior, muito superior a estadual, que é de 1.6. 

Com esse cenário, somou-se uma alta taxa de ocupação de leitos hospitalares, levando o governo do Estado a ampliar as ofertas de unidades também fora da Grande Vitória. "Há uma pressão muito grande por leitos no interior. O governador deve anunciar novos leitos ainda esta semana", observou o secretário estadual de saúde, Nésio Fernandes, em coletiva na tarde desta terça-feira (16)

De acordo com informações do secretário, atualmente, grandes hospitais do interior estão com muito mais leitos de UTI que antes da pandemia. "Será um legado para a saúde pública do Espírito Santo", descreveu Fernandes.

No  Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, o número de leitos de UTI passou de 20 para o dobro. No Hospital Geral de Linhares (HGL), havia apenas oito leitos de tratamento intensivo, mas atualmente, funciona com 28 vagas de UTI. Em Colatina, o Hospital Sílvio Avidos passou de 16 leitos de UTI antes da pandemia para  44, podendo chegar a 54 até o final da pandemia. 

No entanto, as vagas não estão sendo suficientes para suportar o crescimento da doença, que avança ainda mais com o baixo percentual de isolamento social. De acordo com a terceira etapa do inquérito sorológico, há 2,53% de prevalência de casos da doença entre a população do interior do Estado. Na primeira etapa, esse índice foi de 0,32%.

"Essa ascensão de número de casos demonstra uma ampla velocidade de transmissão da doença e também que uma parcela importante da população já teve contato com o vírus", observou Nésio Fernandes. Na Grande Vitória, a prevalência era de 2,79% no primeiro inquérito e, agora, está em 8,88%.

Leito de internação no Hospital Silvio Avidos, em Colatina
Leito de internação no Hospital Sílvio Avidos, em Colatina. (Divulgação / Governo do ES)

TAXA DE OCUPAÇÃO DE LEITOS

O aumento do número de vagas em hospitais para pacientes com a Covid-19 pelo governo estadual  tem sido frequente, porém, a taxa de ocupação continua alta. Nesta segunda-feira (15), o indicador alcançou 84,75%, menos de um ponto percentual de diferença em relação à véspera, quando havia 85,54% em uso. A utilização das vagas de terapia intensiva tem se mantido próxima aos 91% que o governo do Estado classificou como risco extremo, que levará a adoção de medidas mais restritivas para a população.

Até segunda-feira (15), havia 1.327 leitos pelo SUS, em enfermarias e UTIs, para pessoas infectadas pelo coronavírus. Desses, 649 eram de terapia intensiva. Quando abertos novos leitos, a oferta é distribuída por hospitais da rede estadual, filantrópicos e particulares com os quais a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) firmou contratos.

Embora com índices muito próximos, a região Norte passou a Grande Vitória e apresenta ocupação maior, alcançando 85,9%. Na Região Metropolitana, onde há mais oferta de leitos, a taxa chegou a 85,32%. No Sul, está em 85,07% e, na Central, 73,53%.

Na Grande Vitória e no interior, já há uma relação de hospitais que atingiram o limite de sua capacidade de atendimento, como o Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, e o Meridional de São Mateus. O Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, referência para atender infectados pela Covid-19, tem 250 leitos e 83,6% estão com pacientes que desenvolveram o quadro mais grave da doença.

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