A meta do governo do Estado é vacinar a população contra a Covid-19 e garantir a imunidade de rebanho no território capixaba ainda este ano. A estratégia de imunização da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) foi informada nesta sexta-feira (8) pelo titular da pasta, Nésio Fernandes, durante entrevista coletiva.
Trabalhadores da área da Saúde, idosos com mais de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência e a população indígena são os grupos que podem ser imunizados em janeiro no Estado. A data do início deve ser anunciada na próxima semana.
Acompanhado do subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, Nésio classificou que até o momento a condução do governo estadual quanto ao enfrentamento da pandemia foi orientada pelas boas práticas de políticas públicas de saúde.
A expectativa da Sesa é que ao longo dos meses de fevereiro, março e abril, novas vacinas sejam registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que, dessa forma, sejam disponibilizadas e incorporadas pelo governo federal no plano de imunização nacional, que deve contemplar toda a população adulta do Brasil.
"Caso isso não ocorra, o governo do Estado já tomou a decisão pela aquisição complementar orientado por critérios técnicos, científicos e por boas práticas de políticas públicas para poder garantir que em 2021 a população capixaba tenha a imunidade de rebanho científica, segura, eficaz, garantida, sem o alto custo de óbitos que a infecção por Covid-19 acaba ocasionando", disse.
Quanto à estrutura disponível para execução do plano, o governo conta com 493 pontos de vacinação que podem ser ampliados com o suporte dos municípios. Reblin destacou que além do estoque de cada cidade, a Sesa detém 1,7 milhão de seringas. A expectativa é de que na próxima semana cheguem mais 1,5 milhão.
“Nós trabalhamos para duas situações. A primeira, com a vacina, é interromper essa pandemia, a transmissão pandêmica dessa doença, e depois avançar para uma produção continuada dessa vacina, porque é provável que da mesma forma que a gripe comum, periodicamente, ainda não sabemos qual periodicidade, haverá necessidade de uma dose especialmente para os grupos vulneráveis", explicou.
A Anvisa recebeu nesta sexta-feira (8), o pedido de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, da vacina Coronavac. O pedido foi enviado pelo Instituto Butantan, que no Brasil conduz os estudos do imunizante desenvolvido pela empresa Sinovac. A agência estima que levará até dez dias para avaliar o pedido.
Sem detalhar dados, o Butantan afirma que a Coronavac tem eficácia de 78% para evitar casos leves da doença e de 100% par quadros moderados e graves. O Ministério da Saúde pretende comprar 100 milhões de doses da vacina em 2021, ou seja, toda a produção do instituto.
O Espírito Santo registrou mais 34 mortes e 1.646 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas. Os dados são do painel da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), atualizado na tarde desta quinta-feira (7). Com isso, o Estado contabiliza um total de 5.265 mortes provocadas pela doença e 258.941 pessoas infectadas.
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