Um grupo de 23 estudantes universitários conseguiu ser vacinado contra a Covid-19 nesta terça-feira (27). A aplicação das doses aconteceu em Viana e eles dependiam da imunização para conseguir viajar para a França, onde farão um intercambio depois de conseguirem uma bolsa de estudos. A maioria deles conseguiu a imunização com a vacina da Janssen, de dose única, enquanto outros receberam a autorização para a antecipação da aplicação da segunda dose da Pfizer.
O grupo, que abrange estudantes com idades entre 20 e 30 anos, havia pedido a permissão para a imunização ou a antecipação da segunda dose para que não perdessem a chance de estudar fora do país. Para Tainã Ribeiro, portanto, o acesso à vacina foi uma grande conquista e um verdadeiro peso tirado das costas.
"Foi um peso nas costas tirado. Foi o passaporte carimbado, era só isso que faltava, um alívio. Todo mundo ficou bem feliz, a Sesa foi muito receptiva com a ideia e disseram que tinha só que resolver tudo certinho para ninguém ficar de fora", contou a estudante, que cursa Engenharia Elétrica no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e recebeu a vacina da Janssen.
Outro estudante imunizado foi Wyctor Fogos da Rocha, que também cursa Engenharia Elétrica no Ifes, mas estudará Ciência da Computação na França. Ele relatou que a falta da vacina era um grande problema que foi resolvido e que, agora, faltam as documentações necessárias para conseguir viajar. E o embarque está próximo.
"Estou me sentindo bem melhor. Era um problema muito grande que estava além do nosso alcance, mas que foi resolvido. Vou no dia três de setembro. Agora, a gente está indo atrás dos documentos para conseguir tirar o visto", detalhou Wyctor, que também foi imunizado com a vacina da Janssen.
A reportagem de A Gazeta demandou a Secretaria da Saúde de Estado (Sesa) para saber mais detalhes sobre a imunização dos estudantes, mas ainda não obteve retorno. Assim que houver um posicionamento, este texto será atualizado.
Embora a França tenha anunciado a liberação da entrada de viajantes, inclusive brasileiros, totalmente vacinados contra a Covid-19, a faixa etária do grupo de 23 estudantes - entre 20 e 25 anos - ainda não foi contemplada na campanha de imunização do Espírito Santo.
Além de estar totalmente vacinado, segundo o anúncio do país francês, é necessário que a pessoa esteja imunizada com uma vacina aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que são a Pfizer, a Moderna, a Astrazeneca e a Janssen. No Brasil, com exceção da Moderna, as outras já estão sendo aplicadas.
Dessa forma, os estudantes que vão viajar tinham como opção a aplicação da Janssen, que é a única vacina aplicada com dose única, ou diminuir o intervalo de aplicação da vacina da Pfizer para 21 dias, como já acontece em outros países. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o intervalo recomendado é de 12 semanas, o equivalente a três meses.
Eles chegaram a enviar uma carta para o governador Renato Casagrande e para a Secretaria da Saúde de Estado (Sesa), pedindo que lhes fosse permitida a imunização. "Cada um de nós, individualmente, tentou ir às Unidades Básicas de Saúde de alguns municípios, e fomos orientados a procurar a Sesa. Enviamos uma carta, que explica toda a nossa situação", explicou Tainã.
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