Cerca de 312 mil pessoas não retornaram para tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19 no Espírito Santo. Desse número, 72% têm menos de 49 anos, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) nesta segunda-feira (11). A AstraZeneca é a principal fabricante do imunizante aplicado entre aqueles que não completaram o ciclo vacinal.
O índice preocupa a Sesa, já que nesta faixa etária está a população economicamente ativa e que mais participa de atividades sociais e eventos.
"A população jovem e adulta, que está na atividade econômica, que dedica grande parte do tempo para entretenimento, diversão, para viagens, é aquela que mais se recusa a retornar para a segunda dose", afirmou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, destacando que a implementação do Passaporte da Vacina é uma das formas de estimular essas pessoas a completarem o ciclo vacinal.
Segundo Nésio, a AstraZeneca é a principal fabricante de vacina aplicada em pessoas que não voltaram para a segunda dose. Ele chama atenção para o fato que todos os imunizantes são seguros e que completar o ciclo vacinal não é apenas uma proteção individual, mas coletiva.
"As vacinas são seguras, eficazes e as pessoas precisam da segunda dose para garantir o estímulo adequado ao sistema imune. A D2 reduz as chances da pessoa se infectar e evoluir a um quadro grave e ir a óbito", pontuou.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o Espírito Santo tem conseguido reduzir o número de pessoas que ainda não completaram o ciclo vacinal. Até o momento, 92% da população acima de 18 anos foi vacinada com a 1ª dose, e 64% com a segunda dose ou dose única. Mas a velocidade da vacinação está em queda no Estado.
Na última semana, a aplicação diária não ultrapassou 26 mil, sendo que na sexta-feira (08) apenas 18.468 foram vacinadas.
O número é muito inferior se comparado aos meses de agosto e setembro, quando era comum o Estado registrar entre 40 e 50 mil pessoas vacinadas em um dia, ou até mais. No dia 21 de agosto, por exemplo, foram 123.055 doses aplicadas.
Já era esperado que o ritmo caísse, considerando que restam poucas pessoas para tomar a primeira dose e as que receberam têm que esperar o prazo para tomar a D2 e também a dose de reforço. Contudo, a situação preocupa o secretário de Saúde. Ele acredita que convencer toda a população a se vacinar ainda é o maior desafio do Programa Nacional de Imunização.
"Nós vacinávamos nos finais de semana mais de 40 mil pessoas, chegamos a vacinar 100 mil pessoas durante o dia. A média diária sempre ultrapassou as 30 mil doses aplicadas. Ainda precisamos mobilizar as pessoas a tomar a primeira dose e a voltar para a segunda. A gente quer que a população se convença que não existem razões para não tomar a vacina. Se vacinar é um ato de responsabilidade", afirmou Nésio.
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