A redução do número de mortes pela Covid-19 no interior do Espírito Santo tem ocorrido em um ritmo menor do que na Grande Vitória, nesta terceira fase da pandemia. Ao comparar a média móvel de óbitos das duas regiões, a do interior é mais que o dobro que a da região metropolitana.
O destaque foi feito pelo governador Renato Casagrande em seu pronunciamento, na tarde desta sexta-feira (25). “A queda deste indicador no interior tem sido mais lenta”, relatou.
A MMO da Grande Vitória, calculada em relação aos últimos 14 dias, está em cinco mortes diárias. A do interior está em 11. Uma diferença que é pautada, principalmente, pelas diferenças regionais.
Pablo Lira, diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) observa que nas três fases de expansão da pandemia no Espírito Santo, ao ser comparado com a Grande Vitória, o interior sempre apresentou um padrão de redução mais lento.
“São muitas cidades, de Norte a Sul, com suas diferenças, o que faz com que a redução não ocorra de forma homogênea. A Grande Vitória sempre superou os picos da pandemia mais rapidamente. No interior, cada região tem um comportamento distinto”, explica Lira.
Os reflexos da vacinação na redução das mortes já foram constatados em relação à população com mais de 80 anos. “Eles começaram a ser vacinados no início do ano, já tomaram duas doses e já houve um tempo que permitiu constatar a redução das mortes nesta faixa etária”, relata Lira.
Ele observa ainda que nos cinco municípios da Grande Vitória há uma população mais expressiva nesta faixa etária e também os municípios têm acelerado o processo de vacinação.
“Vitória, Serra, Vila Velha e Cariacica contam com percentual mais alto de vacinados, assim como Cachoeiro. Os municípios polos, incluindo no interior já apresentam um possível reflexo da vacinação, sobretudo nas pessoas acima de 80 anos”, observa Lira.
Mesmo com os avanços, Casagrande destacou, em seu pronunciamento, a necessidade de se manter os cuidados sanitários. “Nós estamos pedindo que as pessoas usem máscara, álcool em gel, não se aglomerem. Não é um momento normal. É um período anormal que exige medidas extraordinárias. Temos que nos alimentar desses avanços positivos, mas ainda é um cenário triste, de pessoas que perderam a vida", pondera o governador.
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