Depois dos três piores meses de toda a pandemia, o Espírito Santo voltou a ter menos de mil novas mortes por Covid-19 durante o mês. No decorrer de junho, foram registrados 681 óbitos – o que representa uma redução de 46,5% na comparação com maio deste ano, quando um total de 1.274 pessoas morreram devido à doença.
Se for considerado todo o período pandêmico, este mês é o sétimo melhor, mas também o sétimo pior. Por um lado, o Estado voltou a níveis inferiores aos picos das três ondas do novo coronavírus registradas em território capixaba. Por outro, em média, cerca de 23 vidas ainda são perdidas a cada dia.
Todos os dados utilizados nas comparações desta matéria consideram as atualizações diárias do Painel Covid-19, feitas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Isso significa, por exemplo, que nem todas as 681 mortes aconteceram em junho, mas que elas foram divulgadas ao longo deste mês.
Com a segunda redução seguida no número de óbitos, o Espírito Santo segue na fase de recuperação da terceira onda, que começou no final de fevereiro, em função de aglomerações, relaxamento com o distanciamento social, variantes mais agressivas do coronavírus e sazonalidade das doenças respiratórias.
O período de queda consolidada dos indicadores da pandemia teve início em meados de abril. Desde então, o Estado assiste a melhorias, inclusive no que diz respeito à ocupação das vagas hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS), que voltou a ter menos de mil pacientes internados por Covid-19.
Como parte deste movimento, os casos confirmados do coronavírus também diminuíram. Em junho, foram registradas 35.848 novas infecções. Na comparação com o mês passado, foram cerca de 9 mil diagnósticos positivos a menos, representando uma redução de 20,3%, mesmo com a atual testagem em massa.
Na última coletiva de atualização, o secretário Nésio Fernandes destacou a quarentena imposta pelo governo do Estado e o avanço da vacinação contra a Covid-19 como os principais motivos para a melhora do cenário da pandemia. No entanto, ele afirmou que o mês de julho ainda será um período de alerta.
Já agosto e setembro devem ser os meses iniciais do que ele chamou de uma "transição segura", mas sem retomada plena de todas as atividades sociais e econômicas. Há ainda a expectativa que até o início de outubro todos os adultos tenham recebido, pelo menos, a primeira dose de uma vacina contra a doença.
Dessa forma, conforme o secretário, o Espírito Santo deve atingir a imunidade de rebanho no segundo semestre deste ano. Nos próximos meses, as aulas presenciais também devem voltar a ser obrigatórias e existe a possibilidade de os adolescentes serem vacinados até dezembro.
Mesmo assim, Nésio Fernandes alertou que o risco da quarta onda é real, apontando a variante P1 e as cepas que sejam resistentes aos imunizantes como as maiores preocupações. Ao término da coletiva, ele reforçou a necessidade de continuar com o distanciamento social e o uso das máscaras.
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