Apesar de marcado pelo início da vacinação contra o coronavírus, 2021 terminou como o ano mais crítico da pandemia no Espírito Santo: foram mais de 8 mil mortes e mais de 380 mil casos confirmados. Na comparação com o ano anterior, houve um aumento de 53% nas infecções e de 62% nos óbitos no Estado.
É importante lembrar que a Covid-19 chegou oficialmente ao território capixaba em março de 2020, e que a primeira vida perdida se deu em abril. Além disso, os dados utilizados se referem às atualizações diárias do Painel Covid-19, feitas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Para entender a maior gravidade do ano passado, basta relembrar um pouco do histórico da pandemia. Os três piores meses no que diz respeito às mortes pelo coronavírus aconteceram em 2021: março, abril — com quase o dobro do pico anterior, registado em junho de 2020 — e maio.
Já em relação aos casos confirmados da doença, o primeiro semestre se manteve sempre em níveis elevados, variando de 32 mil a quase 57 mil casos mensais. No ano anterior, o patamar de 30 mil infecções só foi superado em quatro meses: junho, julho, novembro e dezembro — o mês do recorde.
Por outro lado, o segundo semestre de 2021 se mostrou como um momento de recuperação da pandemia no Espírito Santo, graças, principalmente, à vacinação que passou a alcançar a maior parte da população em meados do ano passado — e será expandida para crianças nas próximas semanas.
O último mês de dezembro, por exemplo, teve o segundo menor número de mortes de toda a pandemia, ficando atrás apenas de abril de 2020. A quantidade de casos confirmados também apresentou uma queda significativa e fechou como a terceira melhor de todo o período pandêmico.
*Números conforme atualizações diárias do Painel Covid-19 da Sesa
Diante de um ano novo e uma batalha antiga contra o coronavírus, especialistas destacam que há chances de a pandemia virar uma endemia em 2022, devido ao avanço da imunização e tratamentos contra a Covid-19, ainda que a ameaça de novas variantes seja sempre uma preocupação.
Diretor de integração do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira acredita que este ano começa com tendência de queda de casos e mortes. "Podem ocorrer variações, mas teremos menos óbitos. Dificilmente vamos ver tendência de aumento, pelo nível de imunização", afirma.
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