Nesta quinta-feira (11) A Gazeta divulgou que em menos de um mês, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) do Espírito Santo recebeu 81 denúncias referentes à aplicação irregular da vacina contra a Covid-19. Alguns casos são relacionados a pessoas que furaram a ordem de prioridade para a imunização. Diante dessa situação, a questão que surge é a seguinte: quem tomou a primeira dose indevidamente terá direito à segunda dose da vacina?
Segundo a Sesa, as denúncias recebidas até o momento são sigilosas e futuramente será realizado um balanço para confirmar quantas pessoas furaram a fila no Espírito Santo. Em nota, a secretaria informou que, para que não haja desperdício de imunizantes, quem furou fila será sim vacinado com a segunda dose para completar o esquema de vacinação como orienta a bula.
Ainda em nota, o órgão esclareceu que a aplicação do imunizante em pessoas fora do grupo prioritário constitui falta disciplinar grave, sujeita a demissão dos funcionários do Sistema Único de Saúde. "Os que receberem a vacina furando a fila podem sofrer processo administrativo disciplinar; suspensão por 180 dias; demissão ou rescisão de contrato de trabalho, conforme Portaria 010-R, de 20 de janeiro de 2021", informou.
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) do Espírito Santo já recebeu 81 denúncias referentes a aplicações irregulares da vacina contra a Covid-19. De acordo com Sesa, a pasta recebe uma média de três denúncias por dia desde o início do processo de imunização. O primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 chegou ao Espírito Santo no dia 18 de janeiro. Outras 50 reclamações, também referentes à vacinação, já foram feitas.
Tanto as denúncias quanto as reclamações são realizadas por meio da Ouvidoria da Sesa.
A secretaria informou, por nota, que determinou a realização de uma inspeção no processo de aplicação dos imunizantes para verificar se os critérios de ordem de prioridade estão sendo cumpridos nas cidades.
Os critérios relativos à ordem de vacinação foram estabelecidos pelo Plano Nacional de Imunização, elaborado pelo Ministério da Saúde.
Com base nesse plano, o governo do Espírito Santo estabelece um pacto com os municípios, determinando como será realizada a vacinação em cada cidade. Como neste primeiro momento não existem doses suficientes para atender a todos os grupos prioritários, foram estabelecidas prioridades dentro dessas prioridades.
O Estado já vacinou todos os indígenas aldeados, todos os idosos que vivem em casas de repouso e todas as pessoas com deficiência que moram em residências inclusivas.
Até o momento, o Ministério da Saúde enviou doses suficientes para imunizar 78% dos profissionais de saúde que se enquadram no grupo prioritário. O processo de vacinação de idosos acima de 90 anos ainda está em andamento em algumas cidades.
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