O Espírito Santo registrou mais uma queda significativa nas mortes causadas pelo novo coronavírus. Nesta primeira quinzena de julho, foram registrados 216 óbitos — o que equivale a uma redução de 45,3% em relação ao mesmo período de junho. Na comparação com os demais meses, é o melhor cenário desde novembro do ano passado.
Desde aquela época, compreendida entre a primeira e a segunda ondas da Covid-19, o Estado não conseguia perder menos de 300 vidas na metade inicial de um mês. Com a recuperação consolidada da terceira expansão da doença em território capixaba, esta se tornou a quinta melhor quinzena de toda a pandemia.
É importante lembrar que os dados utilizados por A Gazeta nesta reportagem têm como base as atualizações diárias do Painel Covid-19 pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Isso significa que as 216 mortes foram divulgadas entre os dias 1º e 15 deste mês, mas, não necessariamente, ocorreram nesse período.
De acordo com o secretário Nésio Fernandes, as melhoras nos indicadores da pandemia são reflexos, principalmente, do avanço da vacinação, que já atingiu mais de 60% dos capixabas com a primeira dose de alguma vacina contra o novo coronavírus, impactando nas internações e, por consequência, nos óbitos.
Com a maior parte da população parcialmente imunizada, o Espírito Santo também registrou a terceira queda consecutiva no número de novos casos confirmados da Covid-19. Nesta primeira metade de julho, foram notificadas 13.192 infecções, quase 6 mil a menos que no mesmo período de junho.
Em termos percentuais, a diferença equivale a uma redução de 31%. Já em quantidades absolutas, na comparação com as demais quinzenas, esta é a sexta melhor de toda a pandemia, ficando atrás das três iniciais (março, abril e maio) e das de setembro e outubro do ano passado.
Apesar das novidades positivas, vale ressaltar que — como mostram os dados — a pandemia não acabou, ainda que o risco de uma nova onda seja baixo. "Queremos que a população entenda que todas as vidas importam e que não vamos naturalizar nenhuma morte por uma doença evitável", destacou Nésio Fernandes.
Neste sentido, também na coletiva da última segunda-feira (12), o subsecretário Luiz Carlos Reblin reforçou a importância das medidas de distanciamento social. "A máscara não pode ser abandonada e as pessoas não podem se aglomerar. Precisamos seguir com esses cuidados para não colocar em risco tudo que conseguimos até hoje", disse.
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