O Espírito Santo voltou a registrar a ocupação de leitos potenciais de UTI para tratamento de pacientes com Covid-19 abaixo de 50% nesta quinta-feira (1º). Dados do Painel Ocupação de Leitos, ferramenta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apontam que a taxa está em 45,9%.
A ocupação potencial de leitos de UTI leva em consideração o número de vagas já existentes para tratamento intensivo de pacientes infectados pela doença e a capacidade de ampliação destas vagas. De acordo com o painel, o Espírito Santo conta atualmente com 861 leitos de tratamento intensivo, mas esse número pode aumentar para 1.098.
A taxa de ocupação potencial de enfermarias para tratamento da Covid-19 no Estado também reduziu. Nesta quinta-feira, o indicador chegou a 25,2%, com 867 vagas atualmente disponíveis, valor que pode ser ampliado para 1.099 leitos. No total, o Espírito Santo possui 1.728 leitos, entre enfermarias e UTIs, para acolher infectados pela doença, com potencial para aumentar para 2.197. O percentual geral de ocupação dos leitos está em 36,09%, segundo dados da Sesa.
A marca foi comemorada pelo governador Renato Casagrande em seu perfil nas redes sociais. Casagrande atribuiu a redução da ocupação de leitos "à quarentena, ao avanço da vacinação e à colaboração da maioria dos capixabas" e apontou que esses fatores já mostraram resultado no combate à pandemia.
Em novembro de 2020, o Espírito Santo ultrapassou o índice de 50% de leitos potenciais de UTI ocupados. Na ocasião, o valor chegou a 50,4% e provocou mudanças no Mapa de Risco de transmissão do coronavírus. Quanto maior o indicador, mais municípios podem ser classificados em risco moderado, alto, ou até extremo.
A taxa de utilização de leitos é um indicador de vulnerabilidade na matriz que, associada a três tipos de ameaça - casos ativos de Covid-19, média móvel de mortes e testagem dos moradores - coloca o Estado em níveis diferentes no risco para a doença. Em ocupação abaixo de 50%, o Espírito Santo é classificado como adequado; de 50 a 80%, passa-se ao alerta; de 80 a 90%, situação crítica; e, acima desse índice, chega-se ao plano de crise.
A queda dos indicadores da disseminação da Covid-19 no Espírito Santo, como o número de novos casos e mortes causados pela doença, bem como a ocupação de leitos de UTI, pode fazer com que o Mapa de Risco ganhe a cor azul, que significa risco muito baixo de transmissão da doença, até o final do ano.
A informação foi dada pelo Secretário Estadual de Saúde, Nésio Fernandes, durante entrevista na manhã desta quinta-feira (1), na Rádio CBN Vitória. Segundo Nésio, o critério fundamental para a nova classificação ainda está sendo estudado pela pasta.
“O avanço da vacinação no Estado e a ampla aquisição do SUS para amparar os pacientes na fase mais crítica da doença nos deu esse controle diante da pandemia. No risco muito baixo, as características sociais são muito semelhantes ao que a gente vivia antes da pandemia. Isso só será possível com uma ampla cobertura vacinal”, disse o secretário.
Outro indicador da Covid-19 que apresentou queda no mês de junho foi o número de mortes causadas pela doença. Dados coletados ao longo do último mês através do Painel Covid-19, da Sesa, indicam que houve redução de 46,5% nos óbitos em relação ao mês de maio.
Em junho foram registradas 681 mortes por complicações da infecção por coronavírus, enquanto em maio, foram 1.274. Esta também foi a primeira vez desde março deste ano que o Espírito Santo registrou menos de mil mortes em um período de 30 dias.
Se for considerado todo o período pandêmico, este mês é o sétimo melhor, mas também o sétimo pior. Por um lado, o Estado voltou a níveis inferiores aos picos das três ondas do novo coronavírus registradas em território capixaba. Por outro, em média, cerca de 23 vidas ainda são perdidas a cada dia.
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