Evitar o colapso do sistema de saúde é uma das principais preocupações dos governos em relação à pandemia da Covid-19. No Espírito Santo, depois de praticamente três meses de aumento na pressão hospitalar, o número de internados voltou a cair – mas ainda é alto.
Nesta terça-feira (9), os leitos públicos estaduais abrigam 860 pacientes: 397 em enfermarias e 463 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). É a menor quantidade desde o dia dez de dezembro. Porém, a redução consolidada de internações só aconteceu, realmente, no final do mês passado.
Essa menor pressão no Sistema Único de Saúde (SUS) permitiu que o Governo do Espírito Santo oferecesse ajuda às populações de outros Estados, que sofrem com a sobrecarga dos hospitais. É o caso dos 36 pacientes do Amazonas já acolhidos e dos 15 de Rondônia que ainda devem chegar.
Apesar de dar uma sensação de segurança aos capixabas, é importante lembrar que alguns fatores podem influenciar e mudar esse cenário, principalmente as festas e aglomerações no Carnaval, que já acontece na próxima semana, e as variantes do novo coronavírus, que têm se mostrado mais contagiosas.
Para além desses perigos, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) acredita que a situação deva se agravar naturalmente em março e abril devido à sazonalidade da própria Covid-19. Por isso, a pasta prevê ampliar a rede intensiva com mais 100 vagas de UTI até o final deste mês.
Atualmente, o Espírito Santo conta com 675 leitos de tratamento intensivo e 665 de enfermaria, destinados exclusivamente à pandemia. "Entendemos que é prudente voltar a fortalecer a rede hospitalar para poder suportar pressões que tenham dimensões maiores que as de 2020", afirma e alerta o secretário Nésio Fernandes.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta