Um dos resultados da quarentena adotada no Espírito Santo para conter o avanço do contágio da Covid-19 é a diminuição de novos casos da doença. E um dos efeitos que já começam a ser observados, segundo informou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, é a redução na pressão hospitalar por leitos de enfermaria e de UTI exclusivos para a doença.
“Avaliamos que com a amplitude da quarentena nos podemos agora viver uma quebra na curva de novos casos, de forma mais rápida e consolidada do que em curvas de períodos anteriores da pandemia. Passaremos a observar redução por novos leitos e na taxa de ocupação nas próximas duas ou três semanas”, explicou o secretário em entrevista na tarde desta sexta-feira (16).
Outro ponto positivo, acrescentou Nésio, é que este mesmo comportamento começará a ser observado também na taxa de mortos pela Covid-19.
Uma prova deste avanço foi que a sexta-feira (16) foi marcada pela ausência de pacientes aguardando por leitos, na fila de espera. "Amanhecemos no dia de hoje com uma situação que nos deixa muito feliz e nos enche de esperança, que nos dá a certeza dos resultados da quarentena: na manhã de todo o dia de hoje, nenhum paciente amanheceu esperando mais de 24 horas para uma vaga no Samu e nem na Central de Regulação de Leitos do Estado. Alcançamos uma capacidade de absorção de casos novos", diz Nésio.
Fato que também foi comemorado pelo governador Renato Casagrande em suas redes sociais.
A conquista, porém, não permite esquecer que o momento ainda é muito crítico. E mesmo que ainda haja oferta de leitos, os hospitais da rede privada e os filantrópicos enfrentam dificuldades para obter medicamentos, principalmente os destinados a intubação dos pacientes.
"Ainda vivemos um período muito crítico, com muitos pacientes internados, com dificuldades sobrepostas com a oferta de medicamentos. No entanto, não podemos deixar de celebrar esses momentos em que resultados começaram a aparecer devido ao pacto pela vida estabelecido no Espírito Santo", assinala Nésio.
O secretário fez ainda um alerta de que na busca por leitos de UTI, cerca de 30% dos pacientes encaminhados aos hospitais não tinham o perfil para esta modalidade de internação. “Persiste em alguns serviços uma avaliação inadequada do real perfil dos pacientes de UTI. Muitos que chegaram aos hospitais, após avaliação, receberam alta”, explicou.
Ele negou ainda que a redução observada na ocupação hospitalar seja decorrente apenas de mais óbitos. “Há redução sustentada nos pacientes novos, em vários dias. Em paralelo, temos que destacar que o estado ampliou quase 600 leitos em dois meses”, disse.
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