Na última segunda-feira (30), clínicas particulares começaram a receber a vacina contra Covid-19 . As primeiras doses foram negociadas inicialmente com unidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Por enquanto, somente a fabricante AstraZeneca fornece para o setor privado.
Em entrevista a CBN Vitória, o presidente da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVac), Geraldo Barbosa, explicou que a "escolha" da AstraZeneca para as clínicas particulares se deu por conta de um regimento específico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"O mercado privado trabalha de forma diferente. O fabricante tem que ter o registro definitivo, embalagem específica para o mercado privado e preço determinado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Hoje apenas a AstraZeneca tem todas essas documentações" afirma.
Já a respeito da disponibilidade das doses da vacina, Barbosa contou que elas estão liberadas para toda a rede privada de clínicas do país. A medida ocorre após o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), que impossibilitava a oferta do imunizante para a rede privada.
As primeiras doses de vacina da AstraZenca contra Covid-19, encaminhadas para o setor privado, foram recebidas para aplicação na última terça-feira (31) em clínicas do Rio, São Paulo e Belo Horizonte.
Barbosa ainda explicou que o imunizante tem a mesma tecnologia da vacina dada na rede pública (a da Fiocruz), mas que a versão da rede privada é importada diretamente da fabricante britânica.
Por conta disso, a ABCVac estima que o preço deve girar em torno de R$ 300 e R$ 350. No cálculo, incluem custos com logística, armazenamento e variação por região.
Ainda segundo a ABCVac, a aplicação particular da terceira dose pode ser feita em qualquer pessoa acima de 18 anos, independentemente do esquema primário, desde que tenha um intervalo de pelo menos quatro meses da segunda dose. Pessoas acima de 18 anos que não receberam nenhuma dose também podem se vacinar na rede particular.
Barbosa reforça que há uma fatia de mercado a ser explorada: a dos brasileiros que ainda não foram ao Sistema Único de Saúde (SUS) por vontade própria.
Ele também acredita que haverá demanda de doses de reforço sob prescrição médica. Ou seja, quando o profissional de saúde consultado pelo paciente orienta que ele receba uma dose a mais do que dizem as normas do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Mas a princípio a orientação é a mesma que esta sendo usada pelo Ministério da Saúde e casos especiais serão avaliados.
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