Um estudo realizado pelo Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen-ES) apontou que sete linhagens do coronavírus circulam no Estado. Uma delas é a variante do Reino Unido que possui maior facilidade de transmissão entre as pessoas e está mais presente nos infectados com Covid-19 na faixa etária entre 0 e 30 anos.
A análise foi feita em cima de amostras de testes para Covid-19 realizadas de março de 2020 a março de 2021. O resultado das pesquisas dos dados foi apresentado na tarde desta segunda-feira (22) por Rodrigo Rodrigues, diretor do Lacen-ES, e pelo secretário Estadual de Saúde (Sesa), Nésio Fernandes.
Rodrigo Rodrigues explicou que novas variantes surgem diariamente. "Toda vez que o vírus se multiplica ou é transmitido de pessoa para pessoa, mutações ocorrem e podem levar ao surgimento de novas variantes com maior ou menor transmissibilidade", pontuou.
Dentro das variantes conhecidas no mundo, três delas possuem maior transmissibilidade, sendo chamadas de "Variantes de Preocupação":
Dessas, apenas o registro de uma delas não foi encontrado no Espírito Santo, segundo o estudo do Lacen, que é a variante africana. Além dessas duas, outras cinco variantes do coronavírus também circulam aqui no Estado.
Apesar de sete variantes, o número é considerado pequeno. O Espírito Santo possui menos diversidade de variantes que os estados vizinhos, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, que possuem mais que o dobro.
Na apresentação do diretor do Lacen, ele também mostrou o estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais que analisou amostras de vários Estados e apontou que em dez deles a variante do Reino Unido (B1.1.7) estava presente.
O estudo apontou também que o Brasil viveu três momentos de alta no contágio do novo coronavírus, desde fevereiro de 2020. A análise de tendência de crescimento permitiu entender que a velocidade de transmissão do vírus atual (de fevereiro a março de 2021) é a maior registrada neste período de pandemia.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta