As próximas doses da vacina contra o coronavírus serão aplicadas em um período de 14 a 28 dias a partir desta segunda-feira (18), quando a técnica em Enfermagem Iolanda Brito se tornou a primeira imunizada do Espírito Santo. A informação foi confirmada pelo governador do Estado, Renato Casagrande, durante a cerimônia de início do plano de vacinação, no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra.
Casagrande ressaltou que a vacina da Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o instituto Butantan e que está sendo utilizada para iniciar o Plano Nacional de Imunização (PNI), requer duas aplicações. O governador destacou que, neste primeiro lote de cerca de 101 mil doses enviados ao Espírito Santo, 48 mil capixabas devem ser vacinados com as duas doses.
O governador ainda explicou que, neste primeiro momento, as vacinas serão aplicadas apenas através do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele afirmou também que o Estado seguirá o Plano Nacional de Imunização (PNI), que prioriza grupos como profissionais da Saúde, idosos, pessoas com deficiência e indígenas. Segundo Casagrande, não há previsão de vacinar as pessoas saudáveis e mais jovens.
"Só o SUS aplicará a vacina. Neste momento, não há imunizadores para as empresas privadas. Vamos seguir com muita lealdade o Plano Nacional de Imunização (PNI), que considera grupos prioritários", alegou o governador.
De acordo com o Ministério da Saúde, ao todo, serão 48.246 contemplados no Espírito Santo no início da campanha de imunização, totalizando 96.492 doses. Fazem parte do primeiro grupo 42.273 profissionais da área da saúde, 2.793 indígenas, 2.970 idosos que moram em casas de repouso e 210 pessoas com deficiência que vivem em instituições.
"Se sobrar alguma vacina dessas, já vai para os idosos. A outra leva que chegar já será para os idosos acima de 75 anos. Vamos executar aqui ao pé da letra o plano nacional de imunização", afirmou Casagrande durante evento de lançamento da campanha estadual de imunização, na noite desta segunda, no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra.
Apesar da expectativa da chegada ao Brasil de 2 milhões de doses de vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, e de que a partir de fevereiro a Fiocruz poderá também produzir vacinas no país, o secretário de Estado da Saúde Nésio Fernandes afirmou que ainda não há uma agenda de imunização para toda a população neste ano.
“Infelizmente não há um calendário claro, uma agenda de imunização e logística capaz de garantir imunização para toda a população. Seguimos lutando para que o país adquira outras vacinas, que negociem com os russos, com a Pfizer, que seja aberta uma negociação clara com a Jansen, para que possamos garantir a vacinação da população adulta e idosa ainda este ano. E rápido, porque a cada dia que não alcançamos a imunidade segura, mais vidas vão ser perdidas”, destacou Nésio.
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