Por causa da falta de regularidade na entrega de doses de vacinas contra Covid-19 por parte do Ministério da Saúde, o governo do Estado admite a possibilidade de haver atraso na aplicação da segunda dose dos imunizantes na população capixaba.
Ainda sobre o assunto, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, apontou a necessidade de discutir a ampliação do intervalo de aplicação das doses da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac.
A análise foi feita nesta sexta-feira (23) durante entrevista coletiva on-line junto com o subsecretário Luiz Carlos Reblin. Os dois explicaram que o Estado recebeu um lote do Butantan com 13.400 doses e outro da Oxford/Astrazeneca, de 57 mil doses . No caso da Coronavac, Reblin anunciou que as ampolas serão destinadas à aplicação da segunda dose.
"O secretário anunciou que semana que vem, a não ser que o Ministério da Saúde alterne alguma questão, nós não receberíamos doses da Coronavac. Portanto, esse grupo que está programado para semana que vem teria que aguardar a vacina chegar do Ministério da Saúde para fazer agendamento. Esta semana e na semana anterior, o Ministério reduziu a distribuição da vacina no Butantan e isso sim, vai interferir na possibilidade de agendar a segunda dose, especialmente na semana que vem", alertou Reblin.
Na avaliação de Nésio, o Brasil deve registrar maior disponibilidade de vacinas no segundo semestre deste ano. Até lá, segundo ele, o desafio dos responsáveis pelo programa de imunização é antecipar o processo de cobertura vacinal da população brasileira.
De acordo com Nésio, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan discutem medidas seguras que possam preservar a execução do calendário do Plano Nacional de Imunização (PNI) nos estados brasileiros. Um dos pontos é aumentar o intervalo de aplicação entre a primeira e a segunda dose da Coronavac.
"Nós temos a posição de que, considerando estudos divulgados, o Ministério da Saúde deva considerar ampliar o prazo entre a primeira e segunda dose na vacina Coronavac. Entendemos que seria adequada a ampliação segura de pelo menos 14 dias do prazo de ampliação da segunda dose, caso os estudos consigam subsidiar essa decisão", enfatiza Nésio.
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