A diminuição do ritmo do aparecimento de casos de Covid-19 no Espírito Santo tem se refletido diretamente na rede hospitalar. A taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com a doença tem caído gradativamente. Nesta quinta-feira (30), o indicador estava em 71,06%, um pouco maior que do dia anterior, 70,62% , o menor índice em três meses.
A utilização das vagas por pessoas infectadas pelo coronavírus tem registrado tendência de queda em todas as regiões. Porém, nesta quinta-feira (30) houve um aumento significativo na Região Central, passando de 52,27%, para 63,64% em apenas um dia.
No Sul, a taxa de ocupação registrada foi de 65,26%. No início da semana, o Norte chegou a atingir 89,74% de ocupação, o mais alto do Estado, e agora está em 74,36%. No dia anterior, o número chegava a 82%.
Na Região Metropolitana, que concentra o maior número de leitos para pacientes de Covid-19, o índice de utilização dos leitos de UTI está em 72,36%.
Nas enfermarias, para pacientes com quadro clínico menos complexos, a taxa de ocupação é de 58,61%. O indicador favorece a estratégia da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) de promover a migração de leitos, hoje exclusivos para a Covid-19, para fazer o atendimento a pacientes com outras doenças.
Isso porque, segundo o secretário Nésio Fernandes, há uma margem de segurança para implementar ou não a reversão do perfil hospitalar. Se a taxa de ocupação chegar a 80%, voltam a ser reservados leitos exclusivamente para a Covid; se o indicador ficar próximo dos 70%, é possível retomar a característica inicial dos hospitais, alterada no início de abril para atender as demandas da pandemia, e direcionar vagas para outras condições clínicas.
Como o mapa de risco de transmissão do coronavírus no Espírito Santo apresenta, como variável de vulnerabilidade, a taxa de ocupação dos leitos de UTI, Nésio Fernandes ressalta que a Sesa vai administrar a migração de modo a não passar dos 80%, o que levaria mais municípios para o risco alto.
O secretário diz também que, embora a taxa de ocupação dos leitos esteja mais baixa, o número de internados ainda é elevado, equivalente ao início do mês de junho e é preciso ficar em alerta. Nésio Fernandes reforça que o quadro não é mais crítico em função da expansão da oferta de vagas na rede própria e através das parcerias estabelecidas com hospitais filantrópicos e particulares. "Uma estratégia que nos livrou do caos", conclui.
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