O Espírito Santo vivencia um período de estabilidade no número de casos e óbitos decorrentes da Covid-19, com queda nos indicadores na Grande Vitória e aumento no interior. O cenário, previsto pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ainda em maio, não permite relaxamento dos protocolos de segurança como uso de máscaras e distanciamento social.
Em coletiva na tarde desta segunda-feira (7), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, fez uma análise do momento, indicando oscilações assimétricas na curva de casos.
"O comportamento tardio em municípios que agora vivem aumento de casos, que não se comporta de maneira simétrica em todas as regiões, não forma uma nova grande onda no território capixaba. A Grande Vitória permanece com uma consolidação da tendência de queda de casos, óbitos e internações hospitalares em UTIs, e uma queda mais sustentada nos últimos dias."
Nésio Fernandes pontuou que as oscilações microrregionais já foram percebidas em pelo menos duas circunstâncias. Na Região Norte, são três dias de pico de internações nas UTIs, mas o aumento não chegou a impactar na ocupação geral dos leitos de terapia no Estado, que é um indicador que compõe o Mapa de Risco da Covid-19 toda semana. Quanto menos vagas, maior a possibilidade de os municípios serem classificados em risco alto para a doença.
Na Região Sul, afirma o secretário, houve oscilação positiva nas internações hospitalares, mas sem reflexo geral para o Espírito Santo, enquanto que, na Grande Vitória, o número de pacientes suspeitos e casos confirmados da Covid-19 apresenta-se em queda nos serviços de emergência, como UPA e PA. "Então, o desenho é de estabilização no Estado, com oscilações microrregionais", assegurou.
Ainda durante a coletiva, Nésio Fernandes apresentou um panorama da ocupação nos hospitais do Estado, informando que há cerca de 400 leitos de UTI para pacientes com a Covid-19 que não estão sendo utilizados. Em função disso, foram congeladas as contratações de novas vagas nas redes filantrópica e particular, porém os leitos da rede própria não deverão ser desmobilizados no momento.
"Acreditamos que o Estado deve estar preparado para os piores cenários e com toda estrutura mobilizada para novos momentos críticos", defendeu.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, acrescentou que, embora o Espírito Santo vivencie um período de estabilidade, a pandemia não acabou.
"Ainda vemos comportamento de pessoas sem uso da máscara e em aglomerações. Tivemos episódios lamentáveis de aglomeração neste final de semana, na Capital inclusive. É preciso muito cuidado com este tipo de comportamento para não disparar novamente o crescimento da curva. A pandemia ainda não acabou. Descuidos dessa natureza, de comportamento individual e coletivo, colocam em risco a estabilidade ou queda. Precisamos todos seguir as orientações da autoridade sanitária", ressaltou Reblin, também na coletiva.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta