Três embarcações estão cumprindo quarentena em Vitória devido à Covid-19. A informação sobre o terceiro navio, chamado Mandrião, foi repassada pela Agência Nacional de Vigilância Nacional (Anvisa) nesta segunda-feira (30), data em que os testes ficaram prontos, confirmando três tripulantes com a doença. Além dele, o Skandi Búzios e o Pardela já fazem isolamento há mais de uma semana.
Em nota, a Anvisa informou que o navio brasileiro Mandrião foi colocado em quarentena no último sábado (28), quando atracou no Porto de Vitória, "em razão de alguns trabalhadores apresentarem sintomas compatíveis com a Covid-19". Na mesma data, os 46 tripulantes fizeram testes para detectar a infecção pelo novo coronavírus.
Dos três profissionais que testaram positivo, dois foram encaminhados para um hospital e o outro desembarcou para cumprir quarentena em terra. Ainda conforme a Anvisa, a embarcação presta serviços de apoio a plataformas e navega pela costa brasileira.
Segundo consta no site da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), a embarcação está no terminal de Bento Ferreira. No entanto, por meio de nota, a Codesa esclareceu que o Terminal Zemax é um terminal de uso privado (TUP) e "está fora da área do Porto Organizado de Vitória".
Questionada, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) enviou uma nota, por volta das 17h20 desta segunda-feira (30), informando que ainda não havia recebido notificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária relacionada a uma nova embarcação em quarentena no Espírito Santo.
Empresa responsável por operar o navio, a Wilson Sons Ultratug confirmou que ocorreram desembarques preventivos de três profissionais, mas que eles cumprem isolamento monitorado em rede hoteleira ou residência. "Dois apresentam sintomas leves e um está assintomático", esclareceu, em nota.
Segundo a empresa, a embarcação estava em operação na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e todos os outros tripulantes testaram negativo. "A companhia adota medidas preventivas rigorosas, que incluem testes PCR antes do embarque, uso obrigatório de máscaras e reforço na higienização", garantiu.
Na Bacia de Campos, o navio Mandrião prestou apoio à plataforma P-48 da Petrobras que, por sua vez, garantiu que não há casos de Covid-19 na unidade e que segue um "rigoroso protocolo preventivo nas unidades offshore e age rapidamente sempre que um colaborador reporta sintomas a bordo".
Na última sexta-feira (27), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária explicou que dois navios estavam isolados na Capital capixaba: o brasileiro Pardela e o norueguês Skandi Búzios, que começaram a quarentena nos dias 20 e 21 de agosto, respectivamente. A situação deles é a seguinte:
Ainda de acordo com a Anvisa, ambas embarcações são de apoio marítimo, ou seja, atuam nas operações que dão suporte às atividades das plataformas, realizando navegação entre portos brasileiros. Em nenhuma delas há, até esta segunda-feira, registros de variantes.
Recentemente, outra embarcação também ficou isolada no Espírito Santo. No último dia 12, o navio dinamarquês Robert Maersk deixou o Estado após ficar duas semanas em quarentena. A embarcação atracou no Cais de Paul, em Vila Velha, no final de julho. Ao todo, 11 tripulantes dele testaram positivo para a Covid-19, sendo que dois precisaram ser internados.
Em nota enviada na tarde desta segunda-feira, a Anvisa esclareceu que um deles, que não chegou a ser intubado, recebeu alta e voltou ao país de origem há uma semana, no último dia 23. Já o outro segue internado, mas apresentou melhoras e deixou o leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta segunda.
O Robert Maersk havia saído de Santos (SP), fretado por uma empresa brasileira para fazer o transporte de óleo diesel. Apesar do surto, o combustível foi descarregado, já que o procedimento era feito de forma mecanizada. O navio terminou de cumprir o isolamento no Porto de Vitória e seguiu viagem após os tripulantes presentes na embarcação testarem negativo para a Covid-19.
A empresa Wilson Sons Ultratug, que opera o navio Mandrião, passou o estado de saúde dos tripulantes infectados. A Petrobras esclareceu os protocolos adotados na P-48 e que não há casos de Covid-19 na unidade. O texto foi atualizado.
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