O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus na região Sul do Espírito Santo acende um sinal de alerta, principalmente para as pequenas cidades. Nos últimos 30 dias, os casos cresceram rapidamente. Um exemplo é Iúna, no Caparaó. A cidade, que começou junho com apenas nove casos, fechou o mês com 232 moradores que testaram positivo para a doença.
Segundo especialistas, a pandemia, que estava concentrada nas maiores cidades do Estado, passou a ter força nas últimas semanas também no interior. Com base no Painel Covid-19, divulgado diariamente pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o mês fechou com 6.318 casos no Sul. São 4,8 mil a mais do que no primeiro dia de junho. Até o momento, 206 pessoas morreram vítimas da doença.
Entre os cinco municípios com maior percentual de aumento do número de casos no mês de junho está Iúna. A cidade, conhecida pelo potencial turístico, tem pouco mais de 29 mil habitantes e lidera o ranking mensal. No dia 1º de junho, eram apenas nove casos e uma morte. Após 15 dias, já eram 60 pessoas infectadas e nove óbitos.
O mês fechou com 232 casos. Destes, 127 estão curados da doença, segundo a Sesa. É uma situação muito preocupante. Embora estejamos tomando as medidas cabíveis necessárias, carecemos de colaboração por parte da população, visto que o isolamento social e as medidas higiênicas sanitárias são essenciais para conter o ciclo do vírus no município. Enquanto as pessoas continuarem se expondo ao vírus desnecessariamente, teremos um aumento expressivo do número de casos, e consequentemente mais internações e até óbitos, disse a secretaria de Saúde do município, Vanessa Leocádio Adami.
Na segunda posição está Atílio Vivácqua, com seus 11,9 mil habitantes. De apenas três casos no primeiro dia de junho, o município fechou o mês com 80 casos. Por lá, mais da metade dos moradores infectados (48) já está curada, segundo dados da Sesa.
Para a secretária de Saúde do município, Márcia Passabom, a testagem na população é um dos fatores que pode estar ligado ao aumento. Ela conta que, além de testes rápidos recebidos do Estado, outros foram comprados pela prefeitura.
Isso fez com que tivéssemos esse aumento. Porém, ainda falta conscientização das pessoas no uso de máscara, no isolamento social. Outro ponto é que a cidade é cortada por uma BR e recebe muitos caminhoneiros, analisa Passabom.
Outro pequeno município que sofreu com a alta transmissão da doença foi Divino de São Lourenço. A cidade, em terceiro lugar no crescimento de casos, é um dos poucos municípios sulinos que ainda não registraram nenhum óbito causado pela Covid-19.
De quatro casos no início do junho, Divino terminou o mês com 80 moradores contaminados pelo coronavírus.
Em Rio Novo do Sul foram 165 novos casos em apenas 30 dias. Preocupados com o avanço da transmissão, o município restringiu a abertura de comércios para tentar frear o avanço da doença. Apesar disso, a cidade fechou o mês com 182 casos.
Em quinto lugar ficou Brejetuba, na região serrana no Estado. O município tinha no dia 1º de junho apenas sete casos. Mas, já na semana passada, na segunda-feira (22) contabilizava 66 pessoas infectadas. Junho fechou com 111 casos, registrados no Painel Covid-19 nesta terça-feira (30). Apesar do aumento, a cidade não registra mortes pela Covid-19.
A reportagem buscou contato também com as prefeituras de Rio Novo do Sul, Brejetuba e Divino de São Lourenço, mas não conseguiu retorno até o fechamento da matéria. O conteúdo será atualizado assim que receber a demanda.
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