Após aprovação da Comissão Intergestores Bipartite, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou, no Diário Oficial, a resolução que estabelece o Plano Operacional da Estratégia de Vacinação contra a Covid-19 no Espírito Santo. No documento, são estimadas mais de um milhão de pessoas no público-alvo de imunização para prevenção da doença.
Na resolução, a Sesa ressalta que a vacina será a forma mais eficaz de contenção da pandemia, que provocou "inúmeras consequências do ponto de vista de saúde pública, social, político e econômico para o país como um todo."
Usando como referência o plano nacional de imunização que indicou grupos prioritários, o Estado definiu que, assim que tiver os imunizantes disponíveis, a vacinação se dará em três fases:
Na primeira etapa serão atendidos os trabalhadores de saúde; pessoas de 75 anos ou mais; pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas (asilos e instituições psiquiátricas) ; população indígena aldeada em terras demarcadas (a partir de 18 anos), povos e comunidades tradicionais ribeirinhas. A estimativa é atender 271.788 pessoas desse grupo.
A segunda fase vai contemplar os idosos dos 60 aos 74 anos, cuja população do Espírito Santo reúne 435.659 pessoas nessa faixa etária. E, por fim, a terceira etapa vai abranger o público que apresenta comorbidades, tais como diabetes mellitus; hipertensão arterial grave (difícil de controlar); doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares; transplantados de órgão sólido; anemia falciforme, câncer e obesidade grave (IMC maior ou igual a 40). Estes somam 393.566 no Estado.
Na resolução, a Sesa aponta que ainda aguarda informações complementares dos grupos prioritários discutidos pela equipe técnica junto ao Ministério da Saúde, ou seja, as etapas da campanha podem reunir outros públicos, como profissionais da Educação e de Segurança.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo, explica que o plano estadual é preliminar, mas corresponde ao que foi definido no planejamento nacional a partir do acordo do governo federal com a Astrazeneca/Oxford. À medida que forem fechados novos acordos com as farmacêuticas, amplia-se a capacidade de abranger mais pessoas na campanha de vacinação.
Embora o Estado já tenha o planejamento, inclusive com orientações aos municípios sobre as medidas que devem ser adotadas, o país ainda não dispõe de vacina. O início da imunização depende que o produto seja aprovado por órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou uma instituição estrangeria com a qual o Brasil tenha parceria. Entretanto, houve poucos avanços nessa área, e o país segue sem perspectiva para o começo da vacinação. Países da Europa, da América Latina, da Ásia e os Estados Unidos já começaram a vacinar sua população.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) respondeu a demanda da reportagem após a divulgação desta matéria. Segundo o órgão, o plano estadual de vacinação é preliminar e os grupos prioritários podem ser ampliados. As informações foram incluídas no texto.
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