O título da reportagem e o texto foram atualizados para deixar mais claro que, embora os não vacinados correspondam a quase metade dos internados por Covid-19 no Estado, o número de pessoas que se recusaram a tomar vacina corresponde a apenas 3,5% da população adulta. Ou seja, quase metade dos leitos atualmente são ocupados por um grupo que representa uma pequena parcela população.
Quase a metade das pessoas que atualmente estão internadas em enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Espírito Santo com a Covid-19 não se vacinaram contra a doença. Segundo números da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), de todas as pessoas internadas, 47% delas não tomaram a vacina contra a Covid.
Apesar de ocuparem quase metade dos leitos de Covid-19 no Estado, o número de adultos não vacinados representa apenas 3,5% de toda a população adulta no Espírito Santo. Ou seja, a minoria de capixabas que se recusa a tomar vacina tem pressionado o sistema de saúde, ocupando quase metade das vagas em hospitais.
Os números foram divulgados nesta quinta-feira (13), em um vídeo feito pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes. Ele faz um alerta para a necessidade de vacinação e a importância de completar o esquema vacinal - sem atraso em segundas ou terceiras doses.
O secretário chamou atenção para os mais de 450 mil capixabas que estão com o esquema vacinal atrasado. São pessoas que podem, mas não voltaram para receber a segunda, terceira ou quarta dose. Nésio Fernandes afirma que os parcialmente vacinados representam "percentual importante das internações hospitalares".
"Se considerarmos o percentual da população com menos de 60 anos, temos 75% da população com mais de 18 anos ocupando os leitos de internação em enfermaria e UTI", disse o secretário.
Segundo dados do Painel Covid-19, atualizados pela última vez na quarta-feira (12), o Espírito Santo tem 74,16% dos leitos de enfermaria e UTI ocupados por pacientes - 462 dos 623 leitos contam com pacientes de Covid. O percentual não considera os leitos que podem ser ampliados futuramente.
A quarta onda da pandemia do coronavírus já está estabelecida no Espírito Santo, segundo avaliação de especialistas, que consideram que o número recorde de contaminações pelo vírus é um indício claro de que é preciso reforçar os cuidados contra a Covid-19. O Estado chegou a registrar quase 7 mil casos da doença em 24h, o maior número desde o início da pandemia.
O crescimento do número de infecções está ligado à expansão da variante Ômicron da Covid, que é de fácil disseminação e já corresponde a 97% dos casos confirmados da doença em território capixaba.
Em sua página no Twitter, no dia 10 de janeiro, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, também confirmou que o Espírito Santo já está passando pela quarta onda de contaminação.
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