Após quase seis meses de suspensão das aulas presenciais, o governo do Estado já anunciou que as atividades escolares nas instituições de ensino superior poderão ser retomadas a partir do dia 14 de setembro. No ensino médio, há uma expectativa de retorno em outubro. Já no ensino infantil ainda não há previsão.
A grande preocupação de pais, professores e especialistas em saúde, incluindo as equipes das Secretarias de Estado da Saúde (Sesa) e da Educação (Sedu), é a garantia de que as escolas não ofereçam de risco de contágio ao novo coronavírus. No Amazonas, 20 dias após a volta às aulas, mais de 300 educadores foram diagnosticados com a doença.
Mas, até agora, quais estratégias já foram definidas para o Espírito Santo?
Na manhã desta sexta-feira (4), o subsecretário de Vigilância em Saúde da Sesa, Luiz Carlos Reblin, concedeu entrevista coletiva para falar sobre a situação da pandemia no Estado. Com menção à situação do Amazonas, ele foi questionado sobre a segurança das crianças nas escolas capixabas e sobre o protocolo de biossegurança para a educação infantil.
Reblin explicou que as equipes técnicas da Sesa e Sedu estão trabalhando na proposta que deve ditar as regras específicas para esse público. O governo está buscando exemplos já adotados em outros países e também em outros estados brasileiros.
Em agosto, o governo do Espírito Santo publicou no Diário Oficial do Estado uma portaria que traz as regras a serem seguidas pelas instituições de ensino, em todas as etapas e modalidades, no retorno das atividades escolares de forma presencial durante a pandemia do novo coronavírus. As aulas em escolas públicas e privadas estão suspensas desde o dia 17 de março.
Nós já trabalhamos um protocolo especial para o retorno às aulas com regras gerais que vão da preparação do ambiente, da preparação dos processos de trabalho e na necessidade de utilização de determinados insumos de proteção. Essa parte inicial já está concluída, disse Reblin.
A Sedu vai identificar se professores e estudantes da rede pública estadual de ensino tiveram contato com o coronavírus. O modelo de testagem vai seguir os critérios do inquérito sorológico desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A partir disso é possível estabelecer uma série de processos no trabalho interno que pode separar aqueles que já tiveram a doença daqueles que não tiveram a doença. Assim, vamos fazer o manejo adequado tanto dos alunos quanto dos professores. Essa é uma parte importante do processo de retorno às aulas, explicou.
Reblin também anunciou a criação de um plano de contingência para cada instituição escolar e do comitê de acompanhamento e monitoramento deste plano. Ele explicou que o protocolo vai definir qual procedimento deve ser adotado caso seja identificada a suspeita de alguém infectado nas escolas.
Este protocolo está sendo concluído pelos especialistas e será adotado para que numa eventualidade, no primeiro sinal, a gente possa adotar as medidas necessárias para que a doença não se dissemine naquele conjunto profissional, naquela sala de aula ou naquela escola, explicou.
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