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Covid em crianças: saiba os sinais que devem acender o alerta dos pais

Covid em crianças: saiba os sinais que devem acender o alerta dos pais

Segundo especialistas, não é fácil identificar os sintomas do coronavírus no público infantil, ainda mais agora com vários vírus respiratórios circulando, mas é possível diferenciar os sinais em relação a uma gripe

Publicado em 23 de janeiro de 2022 às 17:32

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Campanha de vacinação visa reforçar o atendimento ao público infantil mais vulnerável às complicações da doença
Campanha de vacinação visa reforçar o atendimento ao público infantil mais vulnerável às complicações da doença. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Vinícius Brandão
Estagiário / [email protected]

A preocupação de pais e responsáveis com a saúde dos filhos já era grande em meio a pandemia da Covid-19 e tem aumentado agora com a variante Ômicron, que é altamente transmissível, além de outro vírus respiratório, o Influenza H3N2, que provoca a gripe. Mas a pergunta que fica é: dá para diferenciar os sintomas do coronavírus de outras doenças respiratórias em crianças?

Como já se sabe, os principais sintomas da Covid-19 são febre, tosse e dificuldade para respirar. Porém, segundo a pediatra, professora de Medicina da Ufes e vice-presidente da Sociedade Espírito-santense de Pediatria (Soespe), Filomena Alencar, as crianças podem não apresentar esses sintomas.

Ao invés disso, segundo ela, podem ficar com o nariz entupido, ter dor de garganta, dor de barriga, diarreia e vômitos.

Não é fácil identificar sintomas da doença em crianças. Em algumas situações, crianças mais velhas, de 9 ou 10 anos, podem se comportar com sintomas de falta de olfato e paladar, mas as crianças pequenas podem ter somente uma obstrução nasal, ou chegar a ter sintomas relacionados com a parte respiratória superior, como dor de garganta.

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É importante dizer que crianças com Covid podem ter diarreia, podem ter dor abdominal, podem ter manchas na pele. Então, é um quadro muito variado, não necessariamente um quadro só respiratório

Filomena Alencar
Professora de Medicina da Ufes e vice-presidente da Sociedade Espírito-santense de Pediatria (Soespe)
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Sobre sintomas parecidos com outras doenças respiratórias, a pediatra exemplifica que o quadro inicial de Influenza tem como sintomas febre e dor no corpo. Porém, se esses sintomas persistirem ou piorarem a partir de uma semana, há grande chance de se tratar de Covid. 

Mesmo não sendo comum crianças evoluírem para um quadro de desconforto respiratório, ela explica que isso pode acontecer, em especial em crianças pequenas, abaixo de um ano ou com comorbidades.

Ela destaca ainda que Covid-19 tem várias formas de se apresentar que são diferentes em crianças e por isso muitas vezes não dá para fazer o diagnóstico apenas clínico, uma vez que ela se parece com muitas outras doenças. Então, é essencial que se faça o teste para identificar a doença.

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Em uma época de Covid-19, com novas cepas, como a Ômicron, se alastrando de forma muito rápida, não se pode deixar de fazer o diagnóstico por teste para excluir essa doença que tem consequências não só para faixa etária pediátrica

Filomena Alencar
Professora de Medicina da Ufes e vice-presidente da Sociedade Espírito-santense de Pediatria (Soespe)
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Filomena alerta que crianças infectadas que não são colocadas no isolamento adequado podem acabar transmitindo a doença para pessoas com comorbidades e idosos, causando quadros mais graves nessas pessoas.

COVID PODE CAUSAR PROBLEMAS MAIS GRAVES EM CRIANÇAS?

Não é comum, mas pode acontecer.  Existem raros relatos de crianças com Covid  que desenvolveram uma inflamação em todo o corpo. Isso pode causar danos aos órgãos se não for tratado rapidamente.

Essa condição é  conhecida como síndrome inflamatória multissistêmica, que tem outras alterações como comprometimento termodinâmico e alterações de pele parecidas com a doença de Kawasaki, além de comprometimento cardíaco.

PRINCIPAIS SINTOMAS DE COVID EM CRIANÇAS

VACINAÇÃO DE CRIANÇAS

A faixa etária infantil, que começa a ser vacinada somente agora e antes não estava sendo contemplada pela vacina, acabou ficando mais vulnerável ao vírus, segundo a especialista. Ela pondera que crianças de até 2 anos não usam máscara e as maiores dificilmente aderem às medidas de proteção como distanciamento e higienização das mãos. Diante disso, afirma:

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A vacinação infantil é necessária. A vacina é segura, eficaz e as crianças fazem parte da cadeia de transmissão. É necessário que elas se vacinem

Filomena Alencar
Professora de Medicina da Ufes e vice-presidente da Sociedade Espírito-santense de Pediatria (Soespe)
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