A Prefeitura de Vitória suspendeu oficialmente a tradicional queima de fogos que ocorreria no réveillon. A Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV) cancelou o pregão eletrônico que tinha como objetivo a contratação de uma empresa especializada em organização, produção e realização do show pirotécnico, além da locação de balsas e flutuantes.
Nesta segunda-feira (30), durante coletiva de imprensa, o subsecretário de vigilância em Saúde Luiz Carlos Reblin foi categórico ao afirmar que qualquer tipo de evento que suscite as típicas aglomerações das viradas de ano não será permitido desta vez.
Para justificar o cancelamento, a companhia citou que o município regrediu para o risco moderado de contaminação do coronavírus e afirmou que o propósito maior é a "proteção à saúde e a vida das pessoas", se pautando em recomendações dos especialistas da saúde para o enfrentamento da Covid-19.
A queima de fogos aconteceria em três pontos da capital: Praia de Camburi, em frente ao bairro Jardim Camburi; bairro São Pedro e bairro Santo Antônio.
Vitória está no risco moderado desde o dia 23 de novembro. O atual mapa de risco, que entrou em vigor nesta segunda-feira (30), traz 35 cidades capixabas no nível moderado, o que mostra uma piora nos indicadores do Estado: o crescimento no número de infectados pelo coronavírus pressiona o sistema de saúde, elevando a taxa de ocupação de leitos de UTI e, consequentemente, o risco
A Prefeitura de Vila Velha, informou que, para evitar aglomerações e "atenta ao surgimento de uma possível segunda onda com o aumento de casos de Covid-19", também decidiu suspender a tradicional queima de fogos na orla da cidade. A decisão, segundo a prefeitura, prima pela segurança dos moradores.
No dia 20 de novembro, o governador Renato Casagrande afirmou que não recomendava a queima de fogos nos municípios capixabas durante o réveillon. O chefe do Executivo apontou que a tradicional festa costuma gerar aglomeração de pessoas e, com isso, pode aumentar a disseminação do coronavírus no Estado, informação que foi reforçada nesta segunda-feira pelo subsecretário de vigilância em Saúde, que destacou que já há portarias e instrumentos jurídicos publicados pelo Governo do Estado que sinalizam a "recomendação da não realização de atividades de passagem de ano em praias, com fogos de artifício, aglomeração e instalação de tendas" .
O prefeito de Guarapari, Edson Magalhães, anunciou em novembro que manteria a queima de fogos. Procurada no início de dezembro, a Prefeitura de Guarapari, através da Secretaria Municipal de Turismo, Empreendedorismo e Cultura (Setec) informou que as definições sobre o réveillon só seriam divulgadas na segunda semana de dezembro, com base nas medidas a serem definidas pelo Comitê de Emergência em Saúde Pública. Posteriormente, a prefeitura também decidiu suspender os fogos.
Por recomendação do Ministério Público do Espírito Santo e orientação do governo do Estado, a Prefeitura da Serra disse que vai suspender todas as festividades de final de ano previstas no calendário cultural, para evitar aglomerações que ofereçam risco à saúde coletiva.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta