O Ministério da Saúde registrou sete casos da variante Delta, do novo coronavírus, no Espírito Santo. A informação foi confirmada pelo governador Renato Casagrande no Twitter nesta segunda-feira (9).
Casagrande aproveitou para reforçar a necessidade de mantermos os cuidados e protocolos de prevenção. "Sobretudo, vacinar-se na primeira oportunidade com a D1 e a D2. Diante de qualquer sintoma, mesmo vacinado, procure um ponto de testagem", afirmou.
A reportagem procurou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para saber mais detalhes sobre os casos confirmados. Em entrevista para A Gazeta, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, explicou que as sete pessoas infectadas pela variante Delta já estão curadas. Os casos foram identificados na região metropolitana de saúde, que vai além da Grande Vitória, demonstrando o "espalhamento" pela região.
O secretário também se manifestou sobre a informação em vídeo divulgado no YouTube. Confira:
"Conforme previsto nos diversos cenários avaliados pela Secretaria de Estado da Saúde, nós tivemos hoje a confirmação de sete casos da variante Delta em transmissão comunitária no nosso Estado. As diversas medidas para gestão de risco são amplamente conhecidas e adotadas", disse. Nésio ainda informou que, até o momento, os sete casos não estão relacionados a óbitos.
"No entanto, temos quase 12 mil óbitos pelas demais variantes que circulam no Espírito Santo. Queremos destacar que se trata da mesma doença. Se trata de uma variante mais transmissível, mas encontra no Estado capixaba um avanço importante da vacinação", acrescentou.
Nésio pediu que, chegando a hora de tomar a vacina, a população agende para receber o imunizante. "Chegando a sua oportunidade de vacinar, vacine-se com a primeira dose. Chegando o momento da D2, vá a uma unidade básica e aplique a segunda dose, que é fundamental. Mantenha o uso das máscaras e, diante de qualquer sintoma, procure um dos mais de quinhentos pontos de unidade de saúde no Estado", pediu.
Considerada um dos principais aceleradores da pandemia no mundo atualmente, a variante Delta do coronavírus ainda é difícil de ser diagnosticada, já que, muitas vezes, seus sintomas são confundidos com os de uma simples gripe.
Embora seja mais transmissível, ainda não há comprovação de que a variante seja uma mutação mais agressiva do vírus, o que torna mais complicado diferenciá-la de doenças gripais ou de outras variantes da Covid-19.
Entre os sintomas mais comuns, estão tosse, febre e dor de cabeça, conforme explicou o infectologista Carlos Urbano Gonçalves Ferreira Júnior. "O quadro é muito parecido. Não dá para distinguir clinicamente, só mesmo fazendo um teste".
Durante uma coletiva de imprensa no dia 26 de julho, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, já havia afirmado que era uma questão de tempo até a confirmação da circulação da variante Delta no Espírito Santo. A cepa é apontada como um dos principais aceleradores da Covid-19 no mundo.
A variante Delta do coronavírus Sars-CoV-2 (anteriormente chamada de B.1.617.2), identificada pela primeira vez na Índia no final de 2020, está colocando em alerta até países com a vacinação avançada contra a Covid-19, como é o caso dos Estados Unidos, Reino Unido e Israel.
Nesses locais, a chegada da variante delta fez o número de novas infecções subir rapidamente entre as pessoas que não receberam nenhuma vacina. Nos Estados Unidos, mais de 80% dos novos casos da doença são causados pela variante Delta — um cenário que pode também ser o futuro do Brasil, onde a variante já está presente em outros Estados.
"Ela tem características de transmissibilidade mais alta que as demais, de maneira que o comportamento inadequado e desrespeito aos protocolos podem comprometer as conquistas dessa fase de recuperação. Seria ruim ter uma estabilização dos óbitos. Queremos que eles continuem caindo", ressaltou Nésio na ocasião.
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