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Covid: saiba quais vacinas e quantas doses tomar em cada idade

Covid: saiba quais vacinas e quantas doses tomar em cada idade

O Espírito Santo vive nova onda de casos. Especialistas e autoridades de saúde são unânimes em afirmar que os imunizantes, independentemente do fabricante, salvam vidas

Publicado em 27 de junho de 2022 às 08:22

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O Espírito Santo vive a quinta onda da pandemia com novo momento de alta de contaminações com a Covid-19. Mais de um ano depois do início da vacinação, o perfil dos internados com a doença mudou e, atualmente, metade das pessoas não vacinadas que ocupa os leitos dos hospitais são crianças de até 4 anos. Ainda não há nenhuma vacina disponível para esse grupo.

Outro dado que demonstra a importância e a eficácia da imunização é que não foram registradas em abril e maio mortes de idosos que tomaram quatro doses de imunizante, ou seja, que estão com o esquema vacinal em dia. 

Vila Velha é a cidade que mais vacina contra a Covid-19
Atualmente, alguns grupos já estão tomando a quinta dose. (Adessandro Reis/Secom PMVV/Divulgação)

Diante dos diversos fabricantes diferentes e das regras distintas para grupos de idade ou de pessoas em situações específicas, como grávidas e imunossuprimidos, por exemplo, muita gente tem dúvida sobre quantas doses deveria ter tomado até o momento. 

Crianças e adolescentes só podem tomar vacinas da Coronavac ou Pfizer pediátrica e, dependendo da idade, já foram liberadas duas ou três doses. Os imunossuprimidos, contudo, já estão na quinta dose. Veja na tabela abaixo o detalhamento com base em informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

O doutor em Imunologia da Ufes Daniel Gomes explica que essa diferença entre as idades e os tipos fabricantes de vacina acontece por conta da corrida pela criação de vacinas no início da pandemia.

"Na época, a gente não tinha um único fornecedor que pudesse comportar toda a nossa necessidade e o Brasil acabou pegando vários fabricantes que apresentaram regimes diferentes de imunização. Hoje, no Brasil, usamos Pfizer, Coronavac, Janssen e AstraZeneca", explica.

Sobre a quantidade de doses recomendada para cada grupo, ele esclarece que, atualmente, já se sabe que a imunidade promovida pelas vacinas - independentemente do fabricante - cai após cerca de seis meses da aplicação. Assim, é importante que sejam aplicadas doses de reforço. Grupos mais vulneráveis recebem mais doses, e os menos vulneráveis, menos. 

O especialista esclarece ainda que grávidas e crianças têm disponível menos opções de vacinas porque não são todos os fabricantes que fizeram testes clínicos que contemplam esses grupos.

"Grávidas não podem receber todos os quatro imunizantes pelo fato de só dois deles terem testes clínicos aprovados: Pfizer e Coronavac. A mesma coisa se aplica às crianças. Só a Pfizer e Coronavac mostraram dados de vacinação de crianças de cinco a 17 anos", aponta o imunologista.

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