Técnicos do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) identificaram diversos problemas na estrutura da casa que desabou no bairro Jardim Atlântico, na Serra, na sexta-feira (12). Uma mulher de 33 anos morreu ao ser soterrada pelos escombros.
Quatro pessoas moravam na casa que veio abaixo, entre elas duas crianças, de 5 e 7 anos, que escaparam sem ferimentos, pois estavam na varanda. Um dos moradores, um homem de 28 anos, chegou a ser atingido pelos destroços, mas foi socorrido por militares do Corpo de Bombeiros e levado para um hospital.
Na manhã deste sábado (13), uma equipe de fiscais do Crea-ES esteve no terreno e realizou uma vistoria técnica. A análise preliminar já apontou as possíveis causas do acidente.
Um dos pontos identificados é que as barras de aço que sustentavam a estrutura de concreto estavam em adiantado estado de corrosão. De acordo com o Crea-ES, as barras deveriam possuir 8 milímetros de diâmetro e estavam com 2 milímetros, apenas, devido à corrosão.
Já os pilares tinham tamanho inferior ao recomendado pelas normas técnicas para sustentar as paredes. As lajes também tinham tamanho inferior ao recomendado e podem ter colaborado para o desabamento do imóvel.
As equipes de fiscais também levantaram que o concreto usado na edificação apresentava impurezas e areia de praia na mistura, o que causa inconsistência no cimento utilizado na construção.
Como a casa já apresentava trincas nas paredes, a família estava pronta para mudar para uma nova casa, no bairro Feu Rosa, ainda na Serra. A mudança estava marcada para o próximo domingo.
O homem ferido continua internado e as duas crianças estão aos cuidados de uma amiga da família.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta