Após vistorias técnicas, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) informou que constatou que a obra da Ponte Agostinho Galdino, conhecida como Ponte do Irajá, no bairro Pedro Vitali, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, coloca a vida dos trabalhadores e de quem passa pela região em risco. Engenheiros da entidade recomendaram intervenções e também a restrição de acesso ao local.
A reportagem de A Gazeta teve acesso a imagens enviadas pelo Crea-ES que mostram a corrosão de parte da estrutura metálica. O conselho informou que teve conhecimento dos problemas após receber denúncias e informações de moradores da região, profissionais e órgãos públicos. As vistorias no local aconteceram no dia 21 e o ofício foi encaminhado pela entidade, no último dia 29, ao Corpo de Bombeiros, à Defesa Civil do Estado e à Prefeitura de Colatina.
“Após análise multidisciplinar do conjunto de informações coletadas durante a inspeção, bem como os levantamentos de documentos realizados por nossas equipes, constatamos evidências de que há grave e iminente risco na obra de engenharia que está sendo executada na ponte Agostinho Galdino”, disse o engenheiro Jorge Silva, presidente do Crea-ES.
Foi sugerida ainda, conforme o ofício do Crea-ES, uma atenção especial aos parafusos e perfis de aço. Consta ainda que há manifestações patológicas de corrosão na estrutura metálica, localizada abaixo do tabuleiro da ponte, podendo colocar em risco os profissionais que estão trabalhando no local, usuários e pedestres que circulam próximo à região.
Entre as recomendações emitidas pela instituição, há a orientação de realizar, por meio de empresas ou profissionais especializados e legalmente habilitados, análise e laudo conclusivo do projeto e da execução da obra.
As equipes do Crea-ES recomendaram a necessidade de isolamento da área e restrição de acesso ao local até que um laudo, que comprove a estabilidade da estrutura, seja apresentado.
A Ponte do Irajá passa por uma obra de duplicação da via, considerada importante para a mobilidade urbana da região. Em fevereiro deste ano entrou na reta final, quando começou a montagem e o içamento da estrutura.
Procurada por A Gazeta, a Prefeitura de Colatina afirmou, em nota, que "não há risco da estrutura colapsar, ou seja, não há risco da ponte Agostinho Galdino Breda cair".
A administração municipal disse que solicitou, mas não recebeu o laudo técnico do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo, e destacou que todos os pontos apresentados no ofício "já estavam sendo corrigidos antes mesmo da visita do Crea-ES, incluindo a documentação solicitação pelo Crea-ES".
Durante as obras, engenheiros da Prefeitura constataram que a estrutura da ponte antiga apresentava sinais de corrosão. Sobre a situação dos pinos e parafusos, todos os pontos já estavam sendo corrigidos. Todas as intervenções necessárias foram feitas na ponte antiga e na nova estrutura.
Por fim, a Prefeitura de Colatina disse estar à "disposição de todos os órgãos fiscalizadores para quaisquer esclarecimentos. Essa é uma obra importante para a mobilidade da cidade e segue sendo feita. A previsão é entregar a obra dentro de 30 dias".
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