Após vistoria realizada na manhã desta segunda-feira (08) no Terminal de Itaparica, em Vila Velha, por uma equipe do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Espírito Santo (CREA-ES), a entidade divulgou uma nota informando que o local precisa de reparos imediatos e que já solicitou providências para a resolução das falhas encontradas na estrutura. O terminal apresentou vazamentos após as chuvas do final de semana.
Na publicação emitida pelo Crea-ES, é dito que a equipe que fiscalizou a área constatou, de forma preliminar, irregularidades e falhas na execução do projeto, como anomalias, gotejamentos e vazamentos diversos nos cones interligados à membrana de cobertura do terminal, ocasionados por deficiências de vedações, ineficiência de soldagens e ausência de impermeabilizações, além de uma drenagem insuficiente que ocasiona alagamentos no piso e o contato da água com pilares, estruturas metálicas e instalações elétricas.
Segundo o Conselho profissional, os fatores associados, além de expor as estruturas físicas à corrosão e à deterioração, também colocam em risco os usuários do Terminal de Itaparica, por estarem sujeitos a escorregões em pisos molhados e choques elétricos. Confira a nota:
"Por entender da necessidade imediata dos reparos para evitar danos maiores à população, o Crea-ES já está requisitando às empresas responsáveis pela elaboração e execução da obra, os projetos com as devidas Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs), os comprovantes de registro e visto no Conselho, além de justificativas relacionadas às falhas encontradas. Também já está em contato com o DER solicitando providências para a resolução do problema.
O não atendimento às solicitações do Conselho pode resultar em autuações e até mesmo em infração ao Código de Ética Profissional. O relatório final da vistoria técnica e fiscal realizada hoje (08) no Terminal de Itaparica, em Vila Velha, será concluído na próxima semana".
A vistoria realizada pelo Crea-ES nesta segunda-feira (08) aconteceu para verificar problemas após as chuvas deste domingo (7) e encontrou furos na lona que deveria proteger os usuários do terminal da chuva e do sol forte.
As poças de água que se formaram no Terminal de Itaparica são resultado de um problema nos coletores de água da chuva. De acordo com o Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES), responsável pela construção do terminal, em cima de cada pilar do local há um cone que funciona como coletor de água. Esses cones não foram vedados corretamente, o que acabou por provocar os vazamentos.
De acordo com o engenheiro civil e gerente do Crea-ES, Giuliano Battisti, além do alagamento no piso e das frestas existentes nos cones que deveriam armazenar a água da chuva, há goteiras na parte central da lona que cobre o terminal.
"O papel da membrana (lona) é ser impermeável para conduzir essa água de chuva, e também proteção ao sol, para os usuários do terminal. Pelo que eu verifiquei no projeto, ela tem que ter proteção ultravioleta para não se desintegrar com o tempo. Previsão de 25 anos de uso. A função dela é captar essa água de chuva e direcionar para esses cones invertidos e depois para o sistema de drenagem municipal. Contudo, ela está com várias frestas, vários espaços, e essa água está gotejando, passando por ali e afetando tanto o piso quanto os pilares", explicou Battisti.
O DER-ES enviou uma nota à TV Gazeta em que informa que não há vazamento na membrana da cobertura do terminal, entretanto, foi constatado um problema na captação da água dos cones que captam a água da chuva, o que causou o vazamento. "O DER informa que já acionou a empresa que realizou a obra para executar os reparos necessários", finaliza a nota.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta