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Crescem mortes por picada de abelha no ES; veja como evitar acidentes

Crescem mortes por picada de abelha no ES; veja como evitar acidentes

Acidentes com o inseto são mais comuns em janeiro, devido ao clima apresentado no decorrer do mês e por ser considerado o período de reprodução; especialista explica como evitar

Publicado em 10 de janeiro de 2023 às 09:14

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As abelhas atacaram quando o idoso estava capinando
As abelhas atacam quando se sentem ameaçados . (Divulgação)

Essenciais para a manutenção da diversidade da fauna, as abelhas costumam picar quando se sentem ameaçadas, e, apesar de muita gente acreditar que as picadas delas são inofensivas, elas podem ser letais. Somente em 2022, quatro mortes foram registradas no Espírito Santo decorrentes de ataques do inseto – nos últimos seis anos, foi o maior número de óbitos por essa causa no período de um ano. Os dados são do Centro de Informações e Assistência Toxicológica (CIATox), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

De 2017 a 2022, foram 11 óbitos: 2017, 2018 e 2021 tiveram registro de um óbito em cada ano; dois óbitos foram contabilizados em 2019 e 2020, cada; e 2022 conta com o maior registro de mortes por picadas de abelha em um ano: quatro mortes. De janeiro a dezembro do ano passado, foram notificados, no Estado, 536 acidentes por abelhas, um aumento de 92,8% se comparado ao mesmo período de 2021, quando ocorreram 278 incidentes.

Crescem mortes por picada de abelha no ES - saiba como evitar acidentes

Atualmente, o maior número de registros de pessoas picadas por abelhas está concentrado nas regiões Central-Norte do Espírito Santo, com 284 notificações. Em seguida, aparece a Grande Vitória, com 182 ocorrências.

Referência técnica de animais peçonhentos do CIATox, o médico Nixon Souza alerta sobre os riscos da ferroada do inseto e explica que os acidentes são mais comuns em janeiro devido ao clima apresentado no decorrer do mês e por ser considerado o período de reprodução desses insetos.

“As reações desencadeadas pela picada de abelhas variam conforme o local e o número de ferroadas, bem como características e o passado alérgico do indivíduo. Em casos mais graves, pode ocorrer o choque, insuficiência respiratória e/ou renal aguda, levando o ser a óbito. Relato ainda que o número de acidentes com o animal costuma aumentar em janeiro, uma vez que o ambiente fica mais quente e úmido, provocando maior agitação e migração dos insetos para formação de novas colmeias”, ressaltou o especialista.

Segundo o profissional, as abelhas atacam quando se sentem ameaçadas por ruídos, cheiros fortes, vibrações e movimentos que chamam atenção. Entretanto, em ataque desencadeado, todas as pessoas que estiverem ao redor podem ser afetadas. O médico destaca ainda ações essenciais para proceder nos incidentes.

“Caso seja atacado, o cidadão deve correr em zigue-zague no ambiente aberto, plantação ou mergulhar, em rios ou piscinas. Assim que estiver protegido, ele pode ajudar os companheiros cobrindo-os com uma coberta, mas sempre em uma distância segura e que não tenha abelhas sobrevoando”, disse.

Em caso desses acidentes, é necessário procurar ajuda médica o mais rápido possível. Além disso, o cidadão pode solicitar ajuda por meio do número de telefone do Corpo de Bombeiros, 193, e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), 192.

Cuidados para evitar acidentes com abelhas:

  • Evite se aproximar de colmeias de abelhas, principalmente das mais agressivas nomeadas Apis mellifera, sem vestuário e equipamentos adequados;
  • Não caminhe ou corra em locais considerados de rotas de voo desses insetos;
  • As colônias de abelhas devem ser retiradas somente por profissionais devidamente treinados e equipados, preferencialmente ao anoitecer ou a noite;
  • No campo, o trabalhador deve estar atento à presença do inseto e evitar fazer movimentos e barulhos que possam irritá-lo;

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