O menino de 10 anos baleado na cabeça enquanto jogava bola no pátio de uma escola municipal em Vitória deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI ). Lucas Reboli segue internado no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, na Capital, acompanhado dos responsáveis. No mesmo dia em que foi ferido, o garoto passou por uma cirurgia e chegou a ficar em estado grave.
Lucas foi atingido com um tiro na cabeça na tarde do último dia 11, quando estava jogando futebol na quadra, durante uma festa para celebrar o Dia das Crianças no interior da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Orlandina D'Almeida Lucas.
No último sábado (15), o pai do menino, Ronilton Gaiba, conversou com a reportagem de A Gazeta e disse que o filho passaria a se alimentar sem a sonda.
"O Lucas está bem, graças a Deus. Está menos agitado, vai começar a se alimentar sem precisar da sonda. Tiraram a sonda e inclusive, agora, chegou a comidinha dele. A cada dia ele está evoluindo e já está com os dois olhos abertos, conversando, falando normal", contou no fim da tarde de sábado.
O menino de 10 anos foi baleado em meio a um dia de caos em Vitória e na Serra. Seis ônibus foram incendiados e um metralhado entre o fim da manhã e a noite de terça-feira (11). A suspeita do pai é que um disparo tenha caído na escola e atingido o menino.
Os ataques foram promovidos como represália à morte do segurança de Fernando Moraes, o Marujo, que comanda o tráfico de drogas no Bairro da Penha.
Apesar de ter acontecido ao mesmo tempo dos ataques, a Polícia Civil ainda não confirmou de onde partiu o disparo. A reportagem entrou em contato com a corporação, e a assessoria informou apenas que "não há atualizações que possam ser divulgadas. O caso segue sob investigação".
Novamente procurada pela reportagem nesta terça-feira (18), a Polícia Civil informou que uma equipe da corporação foi até a escola para coletar dados e materiais na última quinta (13). A corporação informou ainda que as diligências sobre o caso estão em andamento pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Vitória, que é a responsável pelas investigações.
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