Após fortes suspeitas de contágio pela Covid-19, uma criança de 9 anos, que mora em Viana, município da Grande Vitória, foi levada pela mãe, Fernanda Cristina da Silva Francisco, ao Hospital Infantil de Vitória, na madrugada de 06 de setembro. O menino, que havia tido contato com um tio que testou positivo para o novo coronavírus, sentia falta de ar. No centro hospitalar, foram realizados exames como radiografia e Swab, no qual se utiliza uma espécie de cotonete. Após o prazo de 15 dias, estimado pelo hospital, a mãe da criança entrou em contato com a equipe profissional e foi a ela informado que os exames do período do feriado não haviam sido levados ao laboratório.
Inconformada por não saber qual teria sido o diagnóstico exato do filho, Fernanda afirma que aguarda explicação por parte da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). "Eu preciso entender tudo o que aconteceu. A questão não é entrar na Justiça, eu só quero compreender. Meu filho foi lesado, passou por um exame doloroso (o Swab) e este não foi realizado. Os responsáveis deveriam se retratar da falha. Se ele fez exame e este não foi levado ao laboratório, deveriam ter me avisado e pedido para repetir. É preciso levar com seriedade os casos e passar os números corretos. O governo faz uma propaganda que está cuidando da Covid e na prática não é assim. Eu preciso de uma resposta", criticou.
De acordo com a mãe, ninguém entrou em contato para avisar do possível erro. "Deveriam ter pedido para repetir, enquanto ainda estava no prazo. Até medicado como se fosse Covid o meu filho foi, com Azitromicina e Aerolin. Mas quando passam mais de 10 dias, pode ser que estava contaminado e não acuse mais pelo exame. Quando consegui falar com o hospital é que a atendente me informou da situação e disse que era pra terem entrado em contato. Agora já se extinguiu o prazo. Eu certamente não fui a única que esteve lá e que teve exame pra ser levado ao laboratório. Até hoje não sei se meu filho teve ou não a doença, se teve uma alergia, crise asmática ou qualquer outra coisa", afirmou.
Demandada pela reportagem para esclarecer o ocorrido, a Sesa informou que a direção do Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória "identificou uma fragilidade pontual na logística de coleta de Swab no último feriado, lamenta o ocorrido, e garante que está trabalhando para melhorar o fluxo em questão e apurar responsabilidades". "A direção ressalta que os pacientes suspeitos da Covid-19, que realizam coleta na unidade, recebem toda a assistência médica necessária e ao final do atendimento são orientados a seguir o protocolo de isolamento domiciliar por 14 dias", afirmou em nota.
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