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CRM denuncia superlotação e pacientes nos corredores de hospital no ES

CRM denuncia superlotação e pacientes nos corredores de hospital no ES

Conselho Regional de Medicina informa que recebeu denúncia da gestora da unidade hospitalar, informando que pacientes aguardam há mais de 15 dias por uma transferência para outras unidades

Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 20:06

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Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue)
Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue). (Reprodução/TV Gazeta)

O Conselho Regional de Medicina (CRM-ES) informou que recebeu uma denúncia da Organização Social que responde pela gestão do Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE)- antigo Hospital São Lucas  - , de que a unidade hospitalar está superlotada. É relatado que pacientes aguardam transferência para outras unidades referenciadas do Estado há 15 dias. Somente no corredor do Pronto-Socorro,  42 pessoas recebem assistência em macas.

A Pró-Saúde, gestora do HEUE, comunicou o fato à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no último dia 8. Eles solicitam transferência urgente de pacientes. O documento foi enviado à Subsecretaria de Estado de Regulação, Controle e Avaliação em Saúde; à Gerência de Monitoramento da Contratualização em Saúde - Sesa; à Gerência de Regulação do Acesso à Assistência à Saúde; à Coordenação do Samu; à Comissão de Monitoramento e Avaliação da Secretaria de Saúde (CMASS) e ao CRM-ES.

De acordo com Celso Murad, presidente do CRM-ES, a situação é crítica, principalmente nesse período de pandemia. “Reforça a necessidade de a Sesa fazer um plano de contingência para atender não somente os casos de Covid-19, mas as demais outras doenças e urgências que acometem a população. Nós, do CRM-ES, podemos colaborar reforçando o pedido à Sesa e alertando para a gravidade da situação”, destacou Murad.

FIM DO CONTRATO

No próximo dia 18, se encerra o contrato da Pró-Saúde, que por cinco anos atuou como como gestora do Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE). A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ainda não informou quem assumirá a unidade.

Em outra nota, o CRM-ES destaca que também manifestaram à Sesa a preocupação em relação à situação dos médicos que atuam no HEUE, uma vez que tiveram seus contratos rescindidos pela Pró-Saúde. “Sobre tal situação, foi garantido pelo secretário (Nésio Fernandes) que serão respeitadas as remunerações dos médicos servidores públicos e dos contratados pelo regime celetista”, diz o texto do Conselho.

A mesma garantia não ocorrerá, segundo o CRM-ES, para os demais prestadores de serviços. “Os que atuam como Pessoa Jurídica, caso não recebam o ressarcimento devido pelo seu trabalho, deverão procurar os foros adequados para resolução do problema, pois, de acordo com o entendimento da Sesa, não é permitido ao Poder Público a responsabilidade por créditos devidos por terceiros a Pessoas Jurídicas”, explicou, em nota.

SESA: TRANSFERÊNCIAS EM ANDAMENTO

Por nota, a Secretaria de Estado da Saúde informa que todos os pacientes que dão entrada no antigo São Lucas recebem assistência da equipe médica multidisciplinar. “A Sesa esclarece que o hospital é referência em trauma de urgência e emergência, sendo uma unidade de porta-aberta que absorve a demanda espontânea da Região Metropolitana”, diz a nota, acrescentando que há altas previstas e também transferências em andamento para unidades de retaguarda.

PRÓ-SAÚDE: COMUNICAÇÃO NECESSÁRIA

A Pró-Saúde informou, por intermédio de nota, que é de sua responsabilidade legal informar a Secretaria de Estado da Saúde e ao Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo sobre o cenário de superlotação do atendimento para resguardar a entidade filantrópica e seus profissionais.

Em nota do último dia 2, informou que segue realizando todos os processos internos para o encerramento de contrato de gestão do Hospital Estadual de Urgência e Emergência, que termina em 18 de dezembro de 2020, enquanto aguarda posicionado no Governo do Estado em relação à possibilidade de renovação do contrato.

“Em 5 anos de atuação, a entidade filantrópica se orgulha de ter contribuído para transformar o Hospital Estadual de Urgência e Emergência em referência de qualidade para o atendimento dos pacientes capixabas, trabalho reconhecido por mais de 90% de satisfação dos usuários e pelas várias certificações de qualidade nacional e internacional que o hospital recebeu durante a gestão da Pró-Saúde”, acrescenta a nota.

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