No coração de Iriri, famoso balneário de Anchieta, no Litoral Sul do Espírito Santo, um prédio chama a atenção: uma árvore não foi obstáculo e é preservada em meio à construção, atravessando andares do imóvel. O tronco passa pelo meio de duas varandas e, no terraço, os galhos dão vida à construção inusitada.
O imóvel pertence ao construtor Joilson José Alphoim, de 72 anos, e fica na rua Demétrio Alberto Alphoim – nome dado em homenagem ao pai dele, que viveu com a família no local.
“A árvore é uma pimenta-da-jamaica. Minha mãe ganhou a muda de uma amiga de Leopoldina (MG), que a plantou há 58 anos. O prédio foi construído, seguindo o que ela sempre pedia: para não cortar e preservar”, conta Joilson, que seguiu os caminhos do pai como construtor de imóveis.
A árvore, segundo ele, possui uma proteção na raiz e é bem cuidada para não afetar a estrutura do prédio, que possui quatro apartamentos que são alugados. Todo inquilino recebe a orientação de zelar pela árvore, que virou um ponto turístico da rua. “Ela dá uma fruta gostosa, que dá bons drinks inclusive. Tenho até uma muda dela na minha casa. No verão, os turistas passam aqui, tiram foto, pedem a frutinha”, disse o construtor.
Joilson deseja fazer uma homenagem, dando o nome do prédio à sua mãe, Júlia Pereira Alphoim, que faleceu aos 86 anos.
A pimenta-da-jamaica é nativa da América Central e pode atingir até 10 metros de altura. Seus frutos secos são utilizados como condimento que tem cheiro semelhante a um misto de canela, pimenta negra e noz moscada.
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