Com tantas opções no calendário, nascer logo em 25 de dezembro pode ser uma experiência e tanto. Quem faz aniversário na data se acostuma, desde cedo, a ter que dividir a comemoração com o menino Jesus e com o Papai Noel, mas a “disputa” não é a única lembrança que fica marcada. Conheça histórias de capixabas que fazem aniversário no Natal.
Vivendo em Portugal atualmente, a capixaba Eduarda Furtado está prestes a celebrar o 26º aniversário e relata que esta será a primeira vez em que comemorará o dia do seu nascimento — e o Natal — longe da família. “Ainda não caiu a ficha, mas tenho certeza que vai ser estranho, porque essa data eu sempre associei à família.”
Ela conta, entretanto, que, inicialmente, seu nascimento estava planejado para outro dia.
“O parto estava marcado para o dia 27 de dezembro de 1996, mesmo dia em que minha mãe comemora o aniversário dela. Mas, no dia do Natal, eu resolvi nascer. Por volta das três horas da manhã, minha mãe começou a sentir (as contrações), bem depois da ceia. E foi todo mundo para o hospital, assustado e de ressaca. Nasci por volta das quatro da manhã do dia 25.”
Ela relata que, durante boa parte da infância, odiou ter nascido na data. Um dos motivos é justamente um questionamento frequente: quem nasce no Natal ganha um ou dois presentes? Além disso, a data de aniversário coincide com o período de férias escolares, assim, as festinhas na escola, com a turma toda, não eram uma possibilidade. Na adolescência, quando o desejo era comemorar com os amigos, também era complicado, afinal, muitos viajavam com a família durante as festas de final de ano.
“Minha mãe, minha irmã e meu pai sempre gostaram de comemorar meu aniversário, fazer festa e tal, o que eu acho muito fofo, mas era sempre fora da data, o que, para uma criança, é um pouco chato. Agora, adulta, algumas coisas mudaram, a ceia continua sendo em família, e a minha família é incrível, faz de tudo pra que eu receba a mesma atenção que Jesus e Papai Noel. Eu realmente valorizo esse momento com eles e todo amor que eles me dão.”
Ela também revela que, por conta da nova rotina na fase adulta, até mesmo comemorar com os amigos tornou-se possível, uma vez que nem todos conseguem viajar no período porque trabalham ou têm algum outro compromisso. “Eu consigo juntar os amigos, ir em barzinhos e até balada.”
Morador de Maruípe, em Vitória, o aposentado Aires Ignácio Rodrigues Serqueira completará 65 anos em 2022. Nascer no Natal, ele observa, nem sempre é a coisa mais propícia do mundo para o aniversariante. Mas se diz aliviado: “Pelo menos não me deram o nome de Natalino”, observa, bem humorado.
Sobre as comemorações, ele revela: “Com Papai Noel é fácil, mas com Jesus é difícil competir. A comemoração acaba sendo junto, é tudo em família. Mas é bom. No final das contas, é isso que importa”.
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