Mesmo usando sua disponibilidade máxima para o enfrentamento do novo coronavírus, que é de 927 vagas, o Espírito Santo possuiu apenas 53 leitos de UTI disponíveis para tratar casos graves de Covid-19.
O preocupante número foi divulgado na tarde deste quinta-feira (1), pelo Painel Ocupação de Leitos, ferramenta da Secretaria do Estado de Saúde (Sesa). De acordo com os dados, das 927 vagas disponíveis, 874 estão ocupadas, elevando a taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para Covid-19 a 94,28%. Na quarta-feira (31), esse dígito era de 93,33%, portanto, uma leve piora nos índices, mesmo com a ampliação do número de vagas nas Unidades de Terapia Intensiva.
A situação mais crítica se mantém no Norte do Espírito Santo, que atingiu, nesta quinta, 100% de ocupação. Portanto, não há mais leitos disponíveis. Na Região Metropolitana, a taxa de ocupação chegou a 95,96%. Nas áreas Central e Sul, os números são, respectivamente, 92% e 85,99%.
Dos 31 hospitais que possuem leitos de UTI - entre os públicos, filantrópicos e os privados onde o Estado compra leitos - 18 estão lotados. São eles:
Somente 53, dos 927 leitos destinados aos pacientes em estado grave de Covid-19, ainda podem receber pacientes no Estado nesta quinta-feira (1). As vagas não ocupadas estão distribuídas entre 13 hospitais:
Para tentar frear o avanço do coronavírus e um colapso do sistema de saúde do Espírito Santo, o governador Renato Casagrande anunciou medidas mais restritivas para o Estado. A quarentena foi prorrogada para o dia 4 de abril, domingo de Páscoa, para diminuir a circulação de pessoas nas ruas. Com os números de vagas nas UTIs cada vez menor, é essencial manter o isolamento social e respeitar as medidas restritivas.
Além disso, alguns serviços antes considerados como essenciais perderão essa classificação e, assim, deverão permanecer fechados durante o período da quarentena. Confira a lista:
O transporte coletivo também foi suspenso em todo o Estado até o próximo dia 4. A medida vale para todas as modalidades, incluindo ônibus municipais, intermunicipais e interestaduais. Além do sistema ferroviário, que liga Cariacica a Belo Horizonte (MG).
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