"Todos os homens são inimigos, todos os animais são camaradas." A citação anterior foi retirada do livro A Revolução dos Bichos, escrito por George Orwell e publicado em 1945. Uma obra que mostra a tentativa de diferentes espécies de animais na luta contra o sistema imposto pelo dono de uma fazenda.
Talvez os animais não tenham conseguido fazer a revolução, mas fato é que eles tomaram conta e chamaram a atenção durante a semana. De recusa à vacina, apoio ao presidente Jair Bolsonaro, além de transporte de um cartucho de fuzil, as ocorrências colocaram os bichos em protagonismo.
As cenas inusitadas aconteceram por todo o Brasil. No Estado do Tocantins, no Paraná, na capital federal, mas também aqui no Espírito Santo. A pergunta quase sempre é: o que aquele animal estava fazendo ali?
A primeira ocorrência da seleção de cenas inusitadas aconteceu em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. O Corpo de Bombeiros foi chamado para resgatar um gato que subiu no telhado e não conseguiu descer. O bichinho fugiu ao ser levado pra tomar vacina.
O episódio aconteceu no último sábado (23), quando algumas cidades do Estado realizaram campanha de vacinação contra a raiva em cães e gatos. O gato foi salvo e entregue aos donos.
A cena com a cadelinha Arya envolve muita aflição. A cachorra da raça American Bully desapareceu no último sábado (23), quando deveria estar viajando do Pará ao Espírito Santo. Os donos contrataram um serviço de transporte para trazer a mascote. O "taxidog" foi escolhido pelos tutores por conta da segurança e garantia de qualidade.
O transporte, segundo a maquiadora Bianca Santana, levaria o animal até Belo Horizonte. No Estado mineiro, o sogro de Bianca pegaria Arya de carro e traria para o Espírito Santo.
"Nós vimos alguns casos recentes de cachorros que morreram em aviões e ficamos com medo de acontecer com a nossa, pois a Arya é muito querida aqui em casa. Então procuramos este transporte, que a levaria até Belo Horizonte, onde meu sogro a pegaria de carro e traria para Vitória. Só que, no sábado, em Chapada da Natividade, no Tocantins, o carro parou em um restaurante à beira de estrada para a hidratação dela e dos outros animais e a Arya acabou se soltando da coleira", contou Bianca.
O marido de Bianca, José Calmon, foi até o local imediatamente. A dona do animal reclama da falta de apoio da empresa nas buscas por Arya.
Neste sábado (30), a reportagem de A Gazeta refez o contato com os donos da cadela Arya. José Calmon informou que o animal de estimação continua desaparecido, mas que contratou uma empresa especializada para reforçar as buscas na região.
Na tentativa de encontrá-la, a família oferece até recompensa. Quem souber ou puder ajudar, pode entrar em contato pelo número (94) 9254-2401 (José).
Em Brasília, na quarta-feira (27), funcionários da limpeza encontraram um cartucho de fuzil próximo ao gabinete do senador Álvaro Dias (Podemos-PR). Segundo informações do jornal O Tempo, as imagens mostraram que o projétil havia sido deixado no local por um sauê, um tipo de gambá.
A espécie tem hábitos noturnos e se alimenta de frutas raízes, insetos e aves. A Polícia Legislativa ainda apura onde o animal pode ter encontrado o cartucho de fuzil e qual a procedência dele.
Uma capivara foi fotografada por um morador na Praia das Virtudes, em Guarapari, na última quinta-feira (28). O administrador Carlos Renato, que registrou a cena, disse ter ficado surpreso com o bicho perto da água. "Costumo caminhar pelas praias do Centro, mas foi a primeira vez que vi uma capivara. É normal ter animais marinhos, mas capivara é a primeira vez", relata.
A reportagem de A Gazeta procurou a Polícia Militar para saber se houve algum acionamento nesse caso e qual o protocolo adotado em casos como esse. A PMES informou que não tem acesso aos boletins gerados no final de semana.
Uma discussão entre vizinhos em Petrópolis, no Rio de Janeiro, terminou em morte. Segundo a Polícia Civil, o homicídio ocorrido no bairro Bonfim teria sido motivado por uma rixa antiga entre o autor e a vítima, Ricardo Carneiro Montojos, causada pelo barulho no galinheiro no terreno do investigado. O caso aconteceu no dia 4 de setembro, mas o suspeito do crime foi preso na sexta-feira (29).
A discussão avançou para a violência após Ricardo, que foi morto, se convencer de que o suspeito, não identificado, tinha ensinado um de seus galos a cantar a palavra "Bolsonaro" por implicância, já que a vítima não gostava do presidente.
A vítima foi atingida por um tiro e, já no chão, acabou golpeada na cabeça com uma pedra de aproximadamente oito quilos, o que causou lesões na região.
Quem "entrou em cena" na BR 116, em Curitiba, foi um papagaio. O bicho ganhou protagonismo quando apareceu nas imagens de uma das câmeras de monitoramento da rodovia. As imagens foram capturadas na manhã de sexta-feira (29).
"Recebemos uma visita para lá de especial em uma das câmeras do nosso circuito de CFTV, no km 115 da BR-116/PR, em Curitiba. A espécie foi identificada como um papagaio - nome científico amazona aestiva. Só de olho", escreveu a concessionária Arteris nas redes sociais.
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