Uma operação conjunta entre o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), o Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) e o serviço de inteligência da Polícia Militar mirou um possível torneio ilegal de aves silvestres, no último domingo (9), em Duas Barras, na cidade de Iconha, no Sul do Espírito Santo.
Imagens fornecidas pelo Iema revelam a presença de troféus para premiar os participantes, além de um espaço "personalizado" para a competição ilegal, considerada pelo órgão como um ataque à fauna.
Segundo a Coordenação de Fauna (CFAU) do Iema, ao chegarem no local, os fiscais constataram que os participantes haviam fugido antes da chegada da polícia, levando a maioria das aves envolvidas. No entanto, quatro aves foram apreendidas: dois trinca-ferros machos e um casal de coleiros, sendo que um macho foi encontrado sem anilha, escondido atrás de uma porta, sugerindo que seria resgatado posteriormente.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também deu apoio à operação, encontrando outras aves silvestres em veículos próximos ao local. As características das gaiolas, as placas de identificação e a presença de fêmeas junto a machos indicavam que as aves poderiam pertencer a participantes do torneio.
Segundo Cosme Carvalho, chefe do setor de Fauna, a operação foi planejada para reforçar o cumprimento da legislação ambiental e demonstrar o compromisso do Iema com os criadores amadores de passeriformes que seguem as normas da Instrução Normativa (IN) Iema 006/2017.
Denúncias podem ser feitas presencialmente no Protocolo Geral do Iema ou de forma digital, acessando a seção "Denúncias" no site oficial do Instituto.
De acordo com o Ibama, criadores amadores de passeriformes são indivíduos que mantêm em cativeiro, sem fins comerciais, aves nativas da ordem passeriformes. A criação de pássaros da fauna brasileira em cativeiro é permitida, desde que sigam as normas legais estabelecidas.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta