Os prefeitos de Vitória, Luciano Rezende (Cidadania), e de Vila Velha, Max Filho (PSDB), afirmaram que vão aguardar uma decisão em conjunto com o governo do Estado para definir medidas extremas de controle do novo coronavírus, como o lockdown. Os chefes do Executivo das duas cidades concederam entrevista à CBN Vitória na manhã desta quarta-feira (3).
Luciano Rezende e Max Filho destacaram o fato dos municípios fazerem parte da Grande Vitória, uma região adensada e com um fluxo de pessoas muito intenso. Por isso, uma decisão por lockdown individual, por parte de um ou outro município, ser inviável.
Max Filho concordou com o colega e afirmou que os municípios devem seguir o que está sendo definido pelo governo do Estado.
Em outro momento da entrevista, o prefeito de Vitória questionou os pedidos de que os municípios decretem o lockdown e retirem as pessoas da rua. Luciano Rezende afirmou se tratar de uma decisão complexa e que exigiria a participação de todos, inclusive das forças policiais, dentro do que chamou de operação de guerra.
Decretar é só escrever num papel e publicar no Diário Oficial. Agora, vamos executar esse lockdown? Como? Se isso não for uma medida tomada pelo governo do Estado e todos os municípios na Grande Vitória, é impossível de ser cumprido [...] Ou esse conglomerado pára de uma vez só, todos juntos e de forma organizada, com força policial, obstrução de vias. Por exemplo, nessas avenidas não vai circular ninguém: Dante Michelini e Reta da Penha, em Vitória, Champagnat, em Vila Velha, Expedito Garcia, em Cariacica. Nenhuma dessas vai ter circulação, a não ser a pessoa que passa pelo bloqueio policial e da guarda mostrando a carteirinha que está indo para o hospital. E isso não é uma coisa simples de ser executada. Não pode ser feita por um município sozinho. Isso é uma operação de guerra, que envolve força policial, corpo de bombeiro, exército, marinha e aeronáutica. Como um município vai mobilizar isso?, questionou.
Durante a entrevista, o prefeito de Vitória ainda disse que os chefes do Executivo da Região Metropolitana devem se reunir com o governo do Estado nesta semana para a discussão de novas medidas.
Nesta terça-feira (2), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, havia afirmado que os prefeitos são autônomos e poderiam decretar risco extremo, como já feito por chefes do Executivo municipal no interior.
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