A possibilidade de retorno às aulas presenciais na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) voltou a ser debatida nesta semana, mas tudo indica que a decisão pode demorar, pelo menos, mais um mês. A próxima reunião do Conselho Universitário está prevista para acontecer na última quinta-feira de agosto, dia 26, e o tema ainda não está confirmado na pauta.
A Ufes afirma que a questão está em análise na Comissão de Legislação e Normas (CLN), motivo pelo qual o tema também não constou na pauta do plenário na reunião realizada na tarde desta quinta-feira (29). "O encaminhamento ao plenário se dará tão logo seja concluído o trabalho da comissão", informou a universidade em nota.
O reitor Paulo Vargas encaminhou na última segunda-feira (26) um ofício ao Conselho Universitário no qual relata ter recebido a indicação do Comitê Operativo de Emergência para o Coronavírus da Ufes (COE), manifestando a opinião da reitoria.
No documento enviado, o reitor reafirma que a transição de fase é de competência do Conselho mediante orientação técnica do comitê, e que os boletins 13 e 14 recomendam a migração da Fase 2 (que estabelece a suspensão das atividades presenciais) para a Fase 3 (que indica a adoção do formato híbrido para atividades de ensino e administrativas).
A Ufes informou que a proposta da reitoria é que, caso a decisão do Conselho Universitário seja favorável, se mantenha a execução da atual oferta de disciplinas predominantemente de forma remota no atual semestre letivo (2021/1), que acaba em outubro, e somente a partir do próximo período (2021/2), previsto para iniciar em novembro, sejam oferecidas disciplinas em formato híbrido.
De acordo com o reitor, a Ufes já dispõe de regulamentação aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) para a oferta de atividades híbridas, que delimita o ensino híbrido à carga horária prática das disciplinas teórico-práticas e/ou práticas que requeiram laboratórios especializados e/ou trabalhos de campo. "A decisão sobre a oferta de disciplinas no formato híbrido cabe aos departamentos de ensino, ouvidos os colegiados de curso", afirmou a universidade.
Quanto às atividades administrativas, a reitoria reforça que os critérios de adoção do modelo híbrido “serão discutidos e estabelecidos pelas instâncias administrativas, em constante diálogo com as entidades representativas e com a orientações técnicas do COE”. O retorno se dará de forma escalonada.
No documento, também é ressaltado que todas as decisões devem ser tomadas respeitando o tempo necessário para discussão e providências, os indicadores epidemiológicos e as condições de infraestrutura disponíveis para que se assegure a retomada segura e transitória, a partir deste semestre, ampliando a partir do semestre letivo 2021/2 o percentual de atividades presenciais, a persistirem os indicadores de melhora no controle da pandemia e de ampliação da cobertura vacinal.
Em nota, o reitor também destacou a observação “dos estágios de vacinação dos servidores e estudantes e da capacidade da Universidade de oferecimento de condições de biossegurança, fatores importantes para evitar riscos à saúde, dentre outras especificidades técnico-científicas que serão consideradas na reorganização para o retorno presencial”.
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